quinta-feira

Ferreira leite e o "sapateiro alcoólico" de Staline. Begging in style

Ferreira Leite esforça-se por ser original mas lá vai importar/plagiar o programa eleitoral do seu antecessor Marques Mendes. Um ideário centrado no apoio às PMEs como via para gerar emprego e riqueza. Mistura uns pósinhos de baixa de impostos, agita no shaker da Lapa e voilá!!!., o programa eleitoral da ex-pupila de Belém. Depois, julgando a senhora que não estamos em democracia, assevera que ai do PS que não aproveite uma daquelas medidas, certamente por serem tão sábias e seguras. Por isso as tomou quando foi ministra das Finanças - em que ficou conhecida por meter o garrote ao empresariado.
Um "pacto" com Ferreira leite só se fosse para emigrar... Enfim, nada daquilo é novo ou soma à política económica que o Governo já tem em curso e que será útil medir os efeitos. Todavia, e face ao esperado chumbo a que o Governo votará aquele contentor de medidas de banha-da-cobra emitido pela srª Leite - só faltará a esta começar a dizer que por força da crise os loucos irão encher as ruas da capital e do País - a lembrar uma prelecção de um conhecido académico francês que, no pós-Guerra citou o sapateiro alcoólico de Staline. Aí se concluíu - com a referência a uma frase de Staline - a propósito de um sapateiro que era alcoólico e batia na mulher e nos filhos para explicar que as patologias mentais eram resultado da miséria e da exploração e que só uma transformação radical das condições de existência poderá pôr-lhes termo.
Esta comparação não será assim tão estapafúrdia, pois se atentarmos bem constataremos que ainda há pouco tempo Ferreira leite - num daqueles miseráveis e oportunistas road-shows - especou-se na portaria da Qimonda para cobrar a factura ao Governo (feliz e contente pela desgraça alheia..) assim que se soube do encerramento daquela unidade empresarial, por sinal a maior do País e a mais expressiva em termos de exportação. Mais um mês ou dois, ainda veremos a srª Ferreira atribuir valia científica à explicação folclórica de Staline acerca do famoso sapateiro alcoólico. Aguardemos...
A fazer política assim, pergunto-me se não será mais útil inventar um boneco e ir pedir para as ruas da capital de forma inovadora. Talvez o Pacheco Pereira fosse o homem ideal para coreografar essa nova meta-narrativa de fazer política no actual psd...
Begging in style