Santana Lopes entra no "Second Life" através da sua candidatura a Lisboa, mais uma...
É conhecido a apetência de Santana Lopes pelo ambiente da vida nocturna, pelo espaço mediático, pelas festas, pelo fogotório, pelo lado mais prazenteiro da vida, pelo efémero e pelo fútil e superficial do ambiente vivido no chamado Jet-7 - estéril e improdutivo.
A sua passagem pelo clube de Alvalade, pelos programas de tv num programa piroso chamado a Cadeira do Poder - em que chegou a contracenar com o fulgurante Torres Couto (o famoso Secretário-Geral da UGT que então levou o sindicato à falência pela rede de corrupção em torno das verbas do Fundo Social Europeu) - todo esse caldo de cultura empurra hoje Santana para um ambiente virtual e até tridimensional que simula mais do que realiza.
Assim sendo, Lopes tem dificuldade em distrinçar um projecto aceitável para Lisboa e uma ideia megalómana, entre uma maquete a preço de milhões e uma obra social necessária, para ele a vida é um jogo e Lisboa, doravante, o novel brinquedo que o irá entreter por mais uns meses, até o escavacar - de novo, que é o que Santana costuma fazer aos "brinquedos públicos" que arranja para se entreter.
No passado recente, Santana fez isso com a gestão catastrófica com o Governo que lhe foi legado "monárquicamente" por Durão (destituído ao termo de 6 meses por Jorge Sampaio, então PR - sob justificação de interrupção do normal funcionamento das instituições, como manda a Constituição); antes disso, Lopes deixou a capital envolta numa imensa cratera - financeira, de caos urbanístico e enredada em múltiplos casos de corrupção que ainda estão em sede de tribunal). Resultado: Lisboa tornara-se nas mãos de Santana num município de quem todos se afastaram, sem crédito, sem condições de governabilidade, sem ânimo e motivação. Apenas dívidas e mais dívidas.
Santana em Lisboa era sinónimo de caos em todas as frentes. Ninguém confiava um rolo de papel higiénico à autarquia, porque não havia a certeza de que era liquidado a tempo e horas. A autarquia - com santana - era uma burlona, uma fraude.
E como para Lopes a vida não passa dum jogo, a sua candidatura a Lisboa - pelo PSD - após Ferreira leite ter engolido esse grande sapo, violando princípios e valores (que dizia defender!!!) é natural que o "menino-guerreiro" encare a capital como (mais) um simulador - para se exercitar, para fazer comércio virtual, para consolidar algumas relações virtuais naquilo que, à falta de melhor designação, podemos fixar como rede social virtual das santanetes do séc. XXI.
Lisboa, ou melhor, a Kapital - representa para Santana a sua second life, ou seja, a sua 2ª oportunidade - após ter abandonado o Executivo autárquico em 2004 para ir para o Governo - na sequência da deserção de Durão Barroso para Bruxelas. A estória é conhecida e não valerá a pena reeditá-la.
Tudo visto e somado teremos, doravante, Santana com uma vida paralela, uma 2ª vida para além da de deputado do psd e de opositor a Ferreira Leite e a Pedro Passos Coelho no Congresso de Guimarães - que elegeu aquela para presidente do partido - que hoje definha e vive fragmentando o psd que resta - sem liderança, projecto, credibilidade e identidade. Precisamente, os valores e práticas que Santana deixou na autarquia..., a boiar e a gerar dívida e mais dívida no conhecido caos urbanístico.
É perante este quadro negro que Santana entrará no Real Life (RL) - na vida real - e, para o efeito, entende que o Município de Lisboa é o boneco ideal para mais esse exercício virtual, para mais uma simulação.
Numa palavra: Santana, apesar de mais velho, não mudou nem aprendeu nada com os gritantes erros do passado...
Até apetece dizer, sem querer ser maldoso, que seria preferível arranjar uma boneca insuflável, em vez de meter novamente Lisboa - e os lisboetas - em mais um exercício puro e gratuíto de experimentalismo político - só para gaúdio de Santana Lopes.
Architecture in Second Life Machinima
Telemóvel anti-santanetes
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