terça-feira

O BPP e as múltiplas "infidelidades". Uma nova figura: "o auto-sequestro"

Começa a ficar claro que o Banco Privado Português não é uma pessoa de bem, pois muitos dos capitais dos seus clientes foram aplicados em produtos financeiros distintos daqueles que foram contratados com os clientes aquando da sua subscrição. Esta situação tem-se avolumado, centenas, milhares de clientes sentem que foram enganados, os seus capitais não estão hoje libertos e de tudo resulta, para os mais excitados, formas de manifestação originais que - à primeira vista - até faz lembrar os crimes com base nos sequestros. Mas não é, o que hoje se passou é que um dos clientes do BPP entrou numa agência e referiu só sair quando lhe devolvessem o seu dinheiro. Como o BPP não tinha o dinheiro o homem "auto-sequestrou-se" - que é uma nova figura da história da criminalidade em Portugal - tendo depois saído pelas traseiras com o auxílio da PSP.
Informe-se o sr. João Rendeiro se está a par das práticas contabilísticas do seu banco ou se quer que solicitemos a Miguel Cadilhe uma explicação mais académica - para evitar enganar clientes no futuro. Ou seja, hoje as infidelidades são mais do que muitas - e parece que o sr. Governador - Vitor Constâncio - também terá de mudar de lentes para não sofrer a vergonha de ser empurrado do BdP por não estar a cumprir a missão de regulação da Instituição.
Já agora, pergunte-se também ao dr. Balsemão se sentiu as mesmas dificuldades em levantar o seu capital que o cliente que hoje se barricou (momentaneamente) numa agência do banco infiel...