sábado

Morais Sarmento escavaca a decisão de Ferreira Leite ao ser forçada a escolher Santana para Lisboa

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A escolha de Santana Lopes para cabeça-de-lista do PSD à Câmara de Lisboa, é o tema em destaque no programa “Falar Claro” desta semana. Na opinião de Morais Sarmento, Manuela Ferreira Leite tinha outras opções em cima da mesa, mas decidiu não contrariar a vontade das estruturas de base do partido em Lisboa e confirmou a candidatura de Santana Lopes.
O presidente do Conselho de Jurisdição Nacional social-democrata lembra que “é assim que as coisas funcionam, tanto no PS como no PSD, de baixo para cima”.
Além disso não há objectivamente qualquer “capitus diminutio” quanto ao nome do ex-Primeiro-ministro, ou seja, Santana não é acusado do que quer que seja, nada impede que venha a ser, uma vez mais, um bom presidente da Câmara, diz Morais Sarmento.
No entanto, Sarmento reconhece que a decisão de Ferreira Leite “contém em si uma medida de prejuízo para a própria, que pode ser atingida na sua coerência e credibilidade aos olhos da opinião publica” por sancionar um nome contra o qual se bateu nas recentes directas e com o qual não quis trabalhar quando Santana Lopes recebeu o Governo do país das mãos de Durão Barroso.
Sarmento espera que este “prejuízo” não se agrave e que Santana Lopes, “uma vez recuperado o protagonismo público”, não faça o que fez com o último líder.
“Esperemos que a este primeiro prejuízo não se some o prejuízo a que nós assistimos de Pedro Santana Lopes, uma vez devolvido ao protagonismo público, o que ele fez foi acabar com Luís Filipe Menezes”, avisa o dirigente do PSD.
Já para o deputado socialista José Vera Jardim, o contraponto de Morais Sarmento neste “Falar Claro”, Manuela Ferreira Leite foi “apanhada numa armadilha”.
Vera Jardim considera que Santana “manobrou como ele sabe muito bem fazer” e que a líder “laranja” se viu “forçada” a aceitar o seu nome como um facto consumado.
RV/Paulo Magalhães Falar Claro O regresso de Santana Lopes ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Obs: Vera Jardim tem razão ao reconhecer que Santana manobrou nos bastidores para obrigar Ferreira Leite a aceitar o seu nome para Lisboa, nome contra o qual Leite se bateu no plano dos princípios e até na práxis política. Santana seria uma pessoa com quem Leite jamais trabalharia.
Depois, estas declarações de Morais Sarmento eram mais do que previsíveis, ele era a esperança de Durão, desejou até ser PM aquando da sua fuga para Bruxelas, mas foi Santana quem lhe tomou o lugar. Por isso, é natural que nas suas palavras fique um travo amargo contra Santana cuja única qualidade política é ter coragem e avançar sempre contra tudo e contra todos. Por vezes, não sei se é coragem se falta de prudência aliado a uma certa estupidez natural tão típica de alguns portugueses.
Em 3º lugar, a última vez que Morais sarmento foi visto estava nas páginas do Expresso a fazer flexões dando, com isso, a entender que estava em grande forma física, mas depois não arrisca nada. É um galo de capoeira. Ou seja, o que Santana tem em excesso (coragem e vontade de protagonismo) tem Sarmento por defeito.
Digamos que Santana é um galo do campo, anda sempre por aí a cantarolar; Morais Sarmento é um galo de capoeira, só canta em gabinete.
É óbvio que Morais Sarmento é de uma linha política anti-Santana, nunca se reviu em Ferreira leite e hoje é um actor político orfão de líder. Resta-lhe a crítica e a maledicência interna mitigada com a intriga partidária para minar e escavacar o que resta deste saco de gatos que é hoje o psd.
Contudo, corrigimos aqui Morais Sarmento quando diz que a credibilidade de Ferreira Leite fica atingida aos olhos da opinião pública através do seu apoio a Santana. É verdade. Mas é mais do que isso...
Informamos aqui Sarmento que as propostas e a globalidade da performance política de Leite neste meio ano de presidência do partido da Lapa foi o fenónemo político mais desastroso do Portugal do post-25 de Abril. Na forma e na substância, por isso Sarmento tem razão: este PSD deve ser reciclado.
Pior do que a prestação de Ferreira Leite como putativa líder da oposição só Santana Lopes como ex-PM e ex-edil de Lisboa. No Governo gerou a bagunça permitindo que os seus ministros andassem à estalada em público, o que fez com que se interrompesse o normal funcionamento das instituições e Sampaio demitisse o Governo fantasma e ilegítimo de Santana; na autarquia Lopes só soube contrair dívida, acumulando o passivo tranformando a capital numa cidade ingovernável enredada em casos de corrupção e paralisada pelos desastres urbanísticos que o actual executivo liderado por António Costa está a reparar.
Será caso para dizer: proponha-se o nome de Morais Sarmento para a capital.
PS: Como sabemos que Morais Sarmento era um praticante de Boxe deixamos aqui este vídeo. Quem sabe ele assume a coragem que falta e que Santana revela em excesso. E, desse modo, deixe de ser o galo de capoeira para passar a ser o galo de campo, liberto das amarras que a direcção Barroso lhe deixou.
Coragem dr. Sarmento..., coragem!!!
Ainda que saibamos que a vida é mais do que um ring de boxe.
The best knockouts boxing