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António Costa espera incluir Sá Fernandes numa lista para as autárquicas de 2009

O presidente da Câmara de Lisboa admitiu, este domingo, em entrevista à TSF e ao DN, poder incluir Sá Fernandes na lista que vai apresentar para as eleições autárquicas de 2009 e considerou que as coligações à esquerda na CML não deviam ter terminado. António Costa opinou ainda que o PSD actual «não merece qualquer credibilidade».
Questionado, no programa Discurso Directo, sobre se conta com José Sá Fernandes na lista que vai apresentar para as eleições autárquicas de 2009, António Costa disse que gostava de o incluir.
«Se ele tiver disponível e se continuarmos a entender-nos sobre o que é necessário fazer» na capital, «espero que sim», disse, realçando a excelente relação de trabalho que tem mantido com o actual vereador do Ambiente na Câmara de Lisboa, que entretanto perdeu a confiança política do Bloco de Esquerda.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) lamentou ainda que as coligações à esquerda no executivo da autarquia da capital tenham terminado.
«Os anos que foram governados pela Coligação por Lisboa, primeiro por Jorge Sampaio e depois por João Soares, foram bons anos para a cidade (...) Tenho pena que tenha acabado e que nas últimas eleições nenhum dos partidos à esquerda» tenha manifestado interesse em «fazer qualquer entendimento» com o PS, disse.
António Costa explicou que «o PCP, por motivos de política nacional, recusa sequer a abordagem do assunto», enquanto «o BE, que vive uma relação algo infantil de competição com PCP», considera que «não pode ter qualquer tipo de entendimento se o PCP não tiver».
O socialista apontou ainda críticas aos social-democratas, afirmando que «no grau de divisão interna em que se encontra» o principal partido da oposição, o PSD «não merece qualquer credibilidade como solução governativa».
Para António Costa, «ninguém se pode confiar a um partido» que muda constantemente de opinião.

Obs: A fúria obsessiva-compulsiva do PCP combater Sócrates no plano nacional impede que um entendimento em matéria de política autárquica, mormente na capital - seja estabelecido com o PS nas próximas eleições para Lisboa. A esquizofrenia do PCP com o BE - denuncia a doença infantil do comunismo aliado à sua política de fomento de greves dos sindicatos do lixo - são hoje a marca d´água dum PCP desnorteado, anacrónico e anquilosado no tempo e no espaço. Tanto mais que têm ainda (quase 20 anos após a queda do Muro de Berlim...) como referências Havana, Pyongyang, Pequim, Vietnam e conexos...

Por outro lado, e no que diz respeito ao PSD - seria útil perguntar à srª Ferreira leite se vai apoiar Santana lopes à capital, se deixa essa tarefa para o sr. Carreras da distrital do psd ou, em seu lugar e ante a impossibilidade de ir de forma credível a eleições legislativas, avança a dama-de-ferro para Lisboa.

Como se vê, à esquerda e à direita desponta um fenómeno que à falta de melhor conceito poderíamos designar de sinistralidade política. O PCP aposta nos sindicatos do lixo e nas greves assente na sua política do contentor transbordante; no psd está tudo louco, desde logo a srª Leite - que depois de mandar Santana aguardar - foi o presidente da Distrital do PSD que relançou o "menino-guerreiro" - ultrapassando e desrespeitando a voz da líder da Lapa.

Portanto, entre um PCP sabutador dos trabalhos na capital encontramos o lema do filme Voando sobre um ninho de Cucos - à direita - a ajuizar pela forma como a srª Ferreira leite faz política - no plano nacional e autárquico.

Com Leite a congelar a democracia por semestre, e Ruben de Carvalho a sabutar os interesses da cidade através dos sindicatos do lixo, está-se mesmo a ver no que se converteria Lisboa caso a população - embriagada - depositasse o seu voto nessa gente...

Sugira-se a António Costa e à sua equipa - que prossiga o seu caminho de continuar a fazer "omeletes sem ovos": saneando o passivo da autarquia, modernizando a Frente Ribeirinha, investindo na modernização do parque escolar e na renovação da malha urbana e apostando na mobilidade - em articulação com a administração central e fazer de Lisboa - não o buraco financeiro que herdou da gestão precedente - mas uma cidade de futuro onde vale a pena viver e trabalhar.