terça-feira

Albert Einstein: o génio e o "sacaninha", lado-a-lado...

É sabido que Albert Einstein foi um génio. O seu cérebro era um primor: libertou-nos de um conjunto de limitações, intuíu novas teorias, inventou paradigmas e revolucionou a forma como pensamos e vivemos hoje. As noções de espaço e tempo sofreram, naturalmente, uma alteração profunda. Com ele passámos todos a ver o Universo de forma inteligente e utilitária.
Esse foi o activo que ele nos deixou, mas também deixou um passivo que poucos conhecem - mas que integra a sua maneira de ser e manchou a sua personalidade. Apesar de ser um homem simples e amável, gostar de música foi lamentável a forma como tratou o seu filho - abandonando-o no momento em que mais precisava dele. Portador de uma psicose - o seu filho viu-se privado das visitas do pai anos a fio no hospital psiquiátrico onde foi internado.
É caso para dizer que o grande Einstein converteu-se num anão. Alguém que abandonou o filho no momento em que este mais precisava do pai. Esta relação tão surpreendente quanto perversa leva-nos a uma outra questão: o que terá levado um génio daquele quilate, com um cérebro mais afinado do que um motor Rolls Royce a agir sem qualquer humanidade relativamente ao seu próprio filho?!
A 1ª grande estrela da ciência do séc. XX a comportar-se como um marginal. E enquanto a estrela da Física brilhava no mundo inteiro através das suas teorias sobre a Relatividade - o seu filho - psicótico - agonizava anónimo num hospital psiquiátrico.
Certamente, este é um pequeno (grande) detalhe na vida e personalidade do Físico - que revolucionou o próprio tempo, e quando se procura uma resposta para esta anomalia não é fácil encontrar uma resposta inequívoca. Provavelmente, Einstein dominava as leis da física mas não conseguiu perceber as outras leis: as "leis" de um psiquismo e de todo o complexo emocional ao qual foi estranho.
Pelos vistos, a desorganização mental do seu filho, os seus pensamentos desordenados - como sistematizou Cury - representaram fenómenos mais complexos dos que os imbricados fenómenos inerentes à teoria da relatividade (restrita e geral).
Parece uma mentirinha, mas não é. O Einstein-pai comportou-se desta forma relativamente ao seu próprio filho, revelando que o sentimento para lidar com factos ilógicos angustiaram-no tanto que aquela dimensão (afectiva) de Pai não se conseguiu sobrepôr à do físico habilitado a estudar e a manipular as leis da física, mas incapaz de lidar com o seu próprio filho que deixou de visitar quando o mesmo foi internado hospital.
Numa palavra: até os motores Rolls Royce têm, por vezes, desempenhos mais fracos do que os velhos motores dos Fiat 600 - que a minha querida mãezinha um dia - nos idos 70s - estampou contra um lago que já lá estava antes do carro passar.
O lago continua lá...