Nota prévia: "Santana tem saudades de ganhar".
De entre a família social-democrata, toda "muito unida e coesa" como sabemos, seria previsível que Ferreira Leite instruísse o elemento da Distrital a indicar o nome de Santana Lopes para Lisboa. Este argumenta: "tenho saudades de ganhar"; "é difícil dizer não a Lisboa". Isto até parece mais uma conversa de namorados... As saudades e o capricho são os argumentos e o projecto daquele que, se calhar, nem na Câmara da Figueira-da-Foz ficará. Esta forma de olhar para o governo da polis como quem dá um beijinho à namorada ou rebenta uma borbulha sempre me perturbou. A política vai para além dessa "borbulha" e de desse capricho e, já agora, dessa nostálgia de ganhar. E ganhar o quê e para quê?!
O que é que santana fez quando ganhou Lisboa?! Buracos, mamarrachos... Depois, pensou logo S. Bento, e quando Barroso executou o seu plano de fuga para Bruxelas - Santana mandou Lisboa às malvas. Tudo é relativo: hoje, Santana não tem nada, por isso é muito natural que queira Lisboa. Mas mais natural é que Lisboa tenha memória, e com as mesmas saudades e o mesmo capricho, o rejeite. É da ordem natural das coisas.
Quanto a Seara..., se as prestações dele como autarca são iguais às de comentador da bola, é melhor ficar-se pelas obras do IC19. Roboredo julga que pode converter a política local num imenso carnaval da bola à boleia da massa associativa e das simpatias do Benfica - que instrumentalizou para demandar Sintra - onde era visto como um paraquedista político. Se calhar, a governanta da Moviflôr da Lapa ainda tem um golpe de génio e vai buscar o seu mais velho afilhado, o António Preto - e candidata-o para a Capital. O risco é só um: aumentar exponencialmente a tiragem de cartas de condução em Lisboa (além da concorrência desenfreada às malas Louis Vuitton e Gucci na rua do Carmo), o que é contraditório com a actual política de mobilidade na Capital, que faz apelo ao uso intensivo dos transportes públicos deixando o carro em casa. Mas tudo é possível na Moviflôr da Lapa. Lá para o Natal, o nome do Zeca talvez apareça.
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Santana Lopes é o escolhido do presidente da distrital de Lisboa do PSD para defrontar António Costa nas autárquicas. Santana ainda não decidiu nada mas reconhece que lhe é "difícil dizer não a Lisboa".
Ângela Silva
19:00 Sexta-feira, 12 de Set de 2008
"Mantenho a minha posição. Se Santana Lopes aceitar candidatar-se a Lisboa tem o meu apoio, afirmou ao Expresso Carlos Carreiras, o presidente da distrital de Lisboa do PSD. Carlos Carreiras já falou informalmente com Santana e o ex-presidente da câmara reconhece que o desafio não lhe é indiferente: "é difícil dizer não a Lisboa", diz.
Embora garanta que tem que ponderar muito bem, por razões pessoais e profissionais, a sua disponibilidade para entrar na corrida autárquica, Santana Lopes reconhece que, estar disponível, o combate que o motiva é Lisboa. "Tenho saudades de ganhar", diz, consciente de que "é um combate difícil".
Fernando Seara, outro nome forte na lista do PSD para a maior câmara do país e que tem dado sinais de estar igualmente interessado na corrida em Lisboa, vai, entretanto, ser convidado por Carreiras para se recandidatar à câmara de Sintra. A conversa entre ambos está marcada para dia 19.
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UMA NOTÍCIA ABORRECIDA. ATÉ PARECE ALGUMA VINGANÇASINHA DO JORNALISTA DE SERVIÇO. LOGO NO DIA EM QUE OS MEDIA DÃO CONTA DE QUE FERREIRA LEITE DÁ LUZ VERDE A SANTANA PARA CONCORRER NA CAPITAL NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS APARECE UMA NOTÍCIA DESTAS. AGORA SÓ FALTA O IDIOTA DO COSTUME, RUI gOMES DA sILVA VIR DIZER QUE SE TRATA DUMA CABALA (OU CAvALA). aGUARDE-SE PELOS DESENVOLVIMENTOS JUDICIAIS DOS CASO.
Processo. Pedro Santana Lopes vai ser constituído arguido por suspeita de crime de abuso de poder num caso de atribuição de habitações sociais na Câmara Municipal de Lisboa. Com Santana serão ainda constituídos arguidos os deputados Miguel Almeida e Helena Lopes da Costa, que passaram pela CML
Mulher de Durão Barroso ouvida na Polícia Judiciária
Pedro Santana Lopes vai ser constituído arguido por suspeita de abuso de poder num processo sobre atribuição de habitação social por parte da Câmara Municipal de Lisboa. O caso remonta ao período em que Santana Lopes era presidente da CML (entre 2002 e 2004) e envolve ainda a sua ex-vereadora da Acção Social e Habitação Social, Helena Lopes da Costa, e o seu antigo chefe de gabinete, Miguel Almeida. Estes dois deputados do PSD serão consituídos arguidos por suspeita de corrupção e de falsificação de assinatura de funcionário. [... link, DN]
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