quarta-feira

O "nuclear" de Ferreira leite tem nome: o contrato com o Citigroup. A sombra do passado

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MARILINE ALVES - Manuela Ferreira Leite mantém silêncio sobre contrato com o Citigroup
Esquerda quer conhecer negócio
Os partidos da Esquerda parlamentar vão avançar em Setembro com pedidos de esclarecimento sobre o contrato de cedência de créditos fiscais e da Segurança Social ao Citigroup – uma operação efectuada em 2003 por Manuela Ferreira Leite enquanto ministra das Finanças do Governo PSD-CDS/PP. Como 33% dos créditos fiscais cedidos foram substituídos por serem incobráveis, PS, BE e PCP querem que a líder do PSD e o Governo esclareçam o País sobre a data em queserão transferidos créditos para o Citigroup.[link...]
Obs: Além de não ter qualidades de liderança, a srª drª Ferreira Leite partiu de um pressuposto errado em política: a incoerência gritante num espaço de tempo curto - que nem dicas do seu gurú Pacheco Pereira conseguem atenuar. Em 2004 defendia uma política de bulldozer fiscal que estrangulou a vida às empresas e às famílias, tudo para conter o défice orçamental de Durão e obter o beneplácito de Bruxelas para continuar a governar (cujo défice acabou por bater nos 6%). 1000 dias volvidos aparece, supostamente, de cara-lavada, e tenta apresentar-se ao mercado político com outro slogan: ser a "princesa do social".
Como diria a minha querida e santa avózinha - a bota não bate com a perdigota, e tirando meia-dúzia de clones de Antónios Pretos, ninguém votará na senhora para coisa nenhuma de sério em Portugal. Isto não decorre de a senhora não integrar o perfil duma Linda Evangelista e aceder às regras do Estado espectáculo - e se aproximar mais do perfil dos personagens escolhidos por Emir Kusturica para as suas produções da 7ª arte. Isto decorre - sim - do facto de a srª Ferreira Leite não ter projecto alternativo e/ou diferenciador para Portugal em que os portugueses se revejam. Essa dificuldade evidencia-se logo em matéria de investimentos em obras públicas, na Saúde, na Educação, etc.
O que pensará Ferreira Leite das energias renováveis, da Cultura, da Lusofonia, da Europa. Não só lhe falta pensamento como vocabulário para dizer o que não consegue pensar. Isso é manifesto nas respostas (fragmentadas) que dá aos media. Ninguém está a ver Ferreira leite ter um discurso articulado do ponto de vista intersectorial. É que governar um País não é ir às couves de Bruxelas no mercado de Campolide, nem sequer ser a tesoureira duma universidade privada. É algo mais...
Em tempos referimos aqui que Ferreira leite terá o mesmo destino que Meneses, embora se arraste mais no tempo a sua implosão e "morrerá" políticamente na praia, mas com mais dignidade.
Ao fim e ao cabo, trata-se duma senhora. Coisa a que os seus opositores não deixarão de ser sensíveis.
Os portugueses são piedosos. Esperemos é que a madrinha, em desespero de causa, não entregue o partido ao afilhado...
Caramba: o PSD de Sá Carneiro merecia melhor!!! Nisto até Cavaco concordará, mas em privado.