Silêncio que se vai cantar o fado: o fado das [directas] na Lapa...
- Das duas três: - 1. O partido saído das directas encontra uma liderança que se impõe gradualmente e arruma a casa e começa a fazer oposição credível ao governo de Sócrates e a subtrair esse papel até agora entregue a Anacleto Louçã (cada vez mais "animalesco" e autor duma linguagem imprópria para um académico); - 2. Ou balcaniza-se, reeditando uma nova fase de fragmentação política post-Meneses, que terá sempre os seus "Pachecos" que "não ajudam nem saem de cima", pois o seu papel é instabilizar permanentemente e depois analisar a crise que eles próprios criaram na tv onde são comentadores. Portanto, tipos como Pacheco pereira existem para comentar a crise de que eles próprios são co-autores; - 3. A 3ª opção é mais remota, e passa por fundir o psd no PS e fazer aquilo que José Miguel Júdice defendeu há uns meses. É nosso entendimento que da troika de candidatos que ora estão em jogo - dois representam o passado gorado (Santana e Leite) e um o futuro incerto e o experimentalismo dangereuse (Passos Coelho), logo nenhum serve verdadeiramente ao partido. Todos e cada um são, de facto, soluções a prazo, paliativos, expedientes de adiamento até que o partido da Lapa se encontre verdadeiramente consigo mesmo. Marcelo poderia configurar uma opção mais sólida, mas o comentador tem duas coisas que jogam contra si: - Medo de perder, again...
- E muitos anti-corpos no seu seio. De resto, o que Marcelo quer é Belém, não são Bento. Mas como não pode concretizar nem uma coisa nem outra resta-lhe assistir - juntamente com os 70 mil militantes eleitores do psd - à crónica duma morte anunciada nas estreitas ruas da Lapa. Eis o significado do dia de hoje na vida interna/directas do PSD. Eis o alcance da imagem supra. E Durão barroso - o famoso cherne - também povoa a narrativa de fragmentação daquela imagem, apesar de camuflado. E é compreensível que assim esteja, pois foi ele quem, de facto, meteu areia na engrenagem.
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