quinta-feira

Teresa de Sousa conta-nos a sua aventura pelas Escolas explicando o Tratado de Lisboa...

quarta-feira, 16 de Abril de 2008 Discutiu-se o Tratado, in Público No passado mês de Fevereiro e no âmbito de um programa do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, fui à Escola Secundária Rodrigues Lobo, num daqueles velhos edifícios dos antigos liceus, participar numa sessão de esclarecimento sobre a Europa. Anfiteatro à cunha. Alguns alunos escolhidos para apresentar os oradores e os temas em debate. Depois da exposição inicial, um conjunto de perguntas que me deixaram verdadeiramente boquiaberta. Pela exactidão. Pela maturidade. Pela grau de reflexão prévia que significavam.
Os alunos eram do 11.º e 12.º. A sua participação não resultou certamente de um milagre, mas de professores empenhados e sabedores.
É apenas um exemplo, certamente dos mais gratificantes, entre os muitos que poderia dar das muitas sessões de esclarecimento em que participei sobre o Tratado de Lisboa e, antes, sobre a Constituição europeia. Quanto mais distantes de Lisboa, maior o número de pessoas e mais intensa a participação.
Fui convidada nos últimos três anos para participar em dezenas de iniciativas semelhantes em todo o país. Continuo a sê-lo. Vou quando posso. Por associações empresariais ou sindicais, autarquias, think-tanks, universidades e escolas. Imagino quantas se terão realizado por iniciativa da sociedade civil, descontando as que resultaram da vontade dos partidos, da Comissão e do Parlamento Europeu e do próprio Governo.
Escreveram-se milhares de palavras nos jornais sobre o Tratado. As televisões e as rádios organizaram programas, alguns de natureza pedagógica.
Só haverá uma conclusão possível, se aceitarmos que uma democracia é constituída por cidadãos livres que se informam ou não, conforme a sua vontade e o seu interesse. Quem quis informar-se pôde, de um modo ou de outro, fazê-lo. Quem não quis está no seu absoluto direito.
Não vale a pena continuar a dizer que o Parlamento vai ratificar o Tratado nas costas do povo ou da sua santa ignorância.
Obs: Diria que a falta de cultura política dos tugas explica a apreensão justificada de Teresa de Sousa - que qualquer dia, com tanta Europa, ainda é agraciada pela medalha da Europa no Dia 10 de Junho. Prof. Cavaco, faça o favor de tomar nota na sua agenda...