sexta-feira

A questão do momento é: quem "baleou" Meneses!?

QUEM SÃO OS "SNIPERS POLÍTICOS" QUE TÊM VINDO A DISPARAR SOBRE LUÍS FILIPE MENESES AO LONGO DESTE SEMESTRE...
Aqui vemos Luís Filipe Meneses num terreno pantanoso da Ota - onde o PSD (durante anos, o PS também, mas depois ficou lúcido e estudou melhor a questão e corrigiu a rota via LNEC) queria construir o aeroporto internacional de Lisboa. Entretanto, as coisas mudaram, a geografia mudou de sítio, a política também, os actores reposicionaram-se e as ligações entre eles assumiram novos significados e pesos relativos na arena política. Hoje, num desenlace mais ou menos imprevisível, Meneses demite-se da direcção do PSd e convoca eleições. Enfim, é mais um pequeno terramoto interno nas estreitas ruas da Lapa - para - no final, a montanha parir mais um ratinho.
Ver o resto do Trailer, aqui (por mera analogia) - talvez se consiga identificar os vários snipers políticos internos que têm tentado abater políticamente o homem que ora se demite da liderança do PSD.
Vejamos alguns desses "snipers políticos" de serviço que nestes últimos 6 meses, além da inépcia política do próprio Meneses (que não tem acertado em nenhuma política pública que sirva de alternativa à dinâmica reformista de Sócrates), têm apontado a mira para os neurónios do médico de Gaia que um dia - em pleno Congresso do PSD - gerou uma terrível convulsão por ter cunhado de Nortistas, Elitistas e Sulistas algumas personalidades do seu próprio partido.
A ideia era catalizar as bases mas, perversamente, Meneses saíu esmagado, e se não fossem os agentes de segurança a violência física teria ocorrido.
Vejamos, pois, alguns desses snipers políticos internos que vêem em Meneses uma espécie de um alvo de tiros-aos-pratos. Será que isto ainda existe!?

O 1º sniper político a Meneses é Pacheco Pereira, o doutrinador que dispara balas intelectuais sobre o pobre Meneses. Aproveita o Público, a Sic e mais uns quantos fora mediáticos para alvejar Meneses. Pacheco como tem memória de elefante não perdoa, e como entre ambos nunca houve nenhuma empatia a vontade de um aniquilar políticamente o outro é mais forte do que eles. Integram o mesmo partido, mas esfolam-se vivos...

MMendes não está no Parlamento mas está por toda a parte, por isso é o 2º sniper político a disparar sobre Meneses, pois não esquece a forma como foi maltratado por Meneses e por Santana à hora da despedida. Atrás vê-se um indivíduo tentando ou segredar ou cuspir algo na orelha de Mendes. Dizem que é algo relacionado com os aviões norte-americanos que escalaram nas Lajes e transportaram terroristas para Guantanamo provenientes do Iraque, supostamente violando direitos humanos, assunto que tem feito as maravilhas da Sr.ª eurodeputada Ana Gomes. Por isso, aqui lhe deixamos uma questão: se um dia matassem o pai, a mãe e os filhos a Ana Gomes num atentado terrorista - que posição teria a diplomata relativamente ao excesso de zelo em matéria de direitos humanos no que concerne a actividades terroristas!?

Os 3º e 4º sniper políticos são, obviamente, Santana e Marcelo. Aquele dispara de dentro da tendapara o seu interior, Marcelo dispara de fora para dentro, aproveitando a sua antena na RTP para desferir as suas farpas. Em rigor, Marcelo detesta Santana, este destesta aquele, e nenhum morre de amores por Meneses. De modo que estão bem uns para os outros nesta batalha campal animada por um tiroteio cruzado - que poderá fazer danos colaterais, como dizem os militares.

O Sr. Alberto João da Madeira não gosta de ninguém, ou seja, gosta dele próprio e do dinheiro que o "contenente" lhe tem dado para ele fazer aquilo que Ferreira do Amaral fez no Portugal continental: estradas. É, pois, o 5º sniper político a disparar sobre Meneses, mas também já começou a disparar sobre o eventual candidato: Aguiar Branco, que cunhou de "representante da burguesia do Porto". Seria mais fácil que o Jardim sofresse de alcoolismo, assim saberíamos que ele dizia aquelas coisas sob o efeito do alcóol, como não é supomos que é demência, senilidade ou qualquer outra patologia ainda pouco estudada.

António Borges, é o 6º sniper político a atirar sobre Meneses. Tem tanta força política como António Capucho, edil de Cascais, ou seja, nenhuma. Ambos se reclamam de uma certa reserva intelectual do partido, mas na hora H. assobiam ao coxixo e fingem que não é nada com eles. São uma espécie de dançarinos de salão nos bastidores da política à portuguesa do PSD post-Durão, que entretêem mais do que decidem, representam mais do que executam. Mas deixá-los falar e aparecer na tela mediática, assim pensam que são influentes e ficam satisfeitos.

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Aguiar Branco é o 7º sniper político a disparar sobre Meneses. Pode até ter sido um razoável ministro da Justiça de Durão, mas não goza das características psicológicas, intelectuais e políticas que fazem dele simultaneamente um líder partidário e um candidato a PM. Se ele pensar o contrário direi dele o mesmo Alberto João da Madeira disse dos deputados regionais... Como é amigo de António Borges (que, por sua vez, aprecia Ferreira leite), outro lírico da política - podem ainda juntar-se em Alter-do-Chão para beber um bom tinto e, bem tocados, dar umas voltinhas a cavalo. De preferência, sem quedas... Aguiar Branco, em rigor, faz-me lembrar aquelas testas-de-ferro dos grandes magnates financeiros. Na prática, Aguiar Branco será sempre uma criação pública, um subproduto político de Rui Rio. Aquele será o que este quiser. Se Rio não quiser nada da Capital, Branco fica exactamente onde está: advoga.

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António Capucho é o 8º sniper político de serviço a disparar sobe a nuca de Meneses, e aqui a virulência discursiva é mais vincada. O que suscita animosidades maiores de parte a parte. Capucho acha que Meneses - quanto muito - daria um bom porteiro da Lapa; Meneses, ao invés, acha que Capucho é uma pluma caprichosa que parasita o PSD sem lhe dar nada em troca, e que sempre foi um desertor nunca contribuindo para valorizar o partido nos momentos difíceis. Por isso se gostam tanto.

Rui gomes da Selva - sniper disfarçado dentro do "corpo de segurança" do PSD e sem porte de arma, Silva é um sniper infiltrado com uma única missão: dar tiros "no pé ". Só que desta vez, apesar de um tiro para o ar acabou direitinho no alvo menos esperado e fez mais buraco na já insustentável liderança de Meneses. A inabilidade mental agravou-se com a questão - Fernanda Câncio - que mereceu a indignação de todas as pessoas de bem deste País. O disparate tem, hoje, novo nome: rui Gomes da Silva. Eis a pobre e lamentável biografia de tão obscura figura - o 9º sniper de serviço a atirar sobre Meneses - que nada aprendeu com a censura que quis fazer a Marcelo sob as ordens do então PM, Santana lopes. (nota adap. de um contributo deixado por CG a quem agradeço).

O 10º sniper político de Meneses é o tempo. O tempo é uma variável psicológica de dimensões variáveis, pois por vezes uma semana em política é uma eternidade, outras representa uma hora em que tudo tem que se decidir. E Meneses, além de pouco assertivo na estruturação das políticas públicas alternativas à governação do PS - só dispunha de escasso tempo para se revelar credível diante um Sócrates que embora agastado - ainda mantém elevados índices de credibilidade pública. O que faz dele um líder com capacidade de projecção política por mais uma legislatura.

Numa palavra: o tempo ora promove os agentes políticos, ora os mata em tempo récord. Meneses, além de pouco vocacionado para a liderança política, também não teve consigo a aura de sorte que sempre é necessária para aventuras desta envergadura. Pela nossa parte, confesso, nunca dei um tostão político furado pelo valor facial de Meneses à frente do PSD, hoje desejamos-lhe a maior sorte do mundo.

Talvez como médico..., profissão que ele nunca deveria ter abandonado!!!

PS: Como diria um amigo: "sabia que Meneses ía à vida, falhei no timing, antecipou-se 2 meses".