LISBOA PRECISA DO DINHEIRO E COSTA DE NOVAS ELEIÇÕES
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Obs: Este argumento de Ana Sá Lopes é tão curioso quanto previsível e perigoso em democracia. Por essa ordem de ideias autarcas com bons orçamentos faziam sempre grandes obras, e sabemos que nem sempre tal sucede. Alguns não passam das rotundas..., e muitos outros com magros orçamentos conseguem, paradoxalmente, proezas depois compensadas pelas populações.
Por outro lado, se essa "sobremesa política" fosse assim tão apetitosa, como a jornalista sugere, em vez de ameaçar António Costa já se teria demitido. Mas no terreno as coisas são sempre mais complexas, viscosas e arrastadas. Eis a diferença entre a teoria e a prática, os sistemas e as estruturas, fazer um artigo de opinião que o Macro faz em 2 min. e coloca em nota de pé-de-página e tomar uma decisão. Mas tem razão a jornalista quando sublinha que o empréstimo estava previsto no programa eleitoral do PS sufragado pelos lisboetas, daí a posição fora-de-lei em que o psd se colocou. Havendo eleições ou não, este PSd já é um nado-morto, e os lisboetas sabem-no. E o mais grave é que esse raciocínio encontra extensões no plano nacional. O que nos deixa ainda mais apreensivos, porque tal implica ver em Anacleto Louçã do BE o verdadeiro líder da oposição a Socas neste momento em Portugal. Isto não deixa de ser curioso, pois é, precisamente, o Zé Sá Fernandes quem faz coligação com o PS neste momento na capital. Então, a situação é esta: na capital PS e BE coligam-se, no plano nacional PS e BE defrontam-se. Sinais dos tempos...
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