sexta-feira

O eco da arcada

Nota prévia: Qualquer dia tenho de abrir aqui um gaminete só para tratar dos materiais políticos do Jumento (passe a imodéstia), autor deste vaticínio ao Meneses - que nem uma PME inspira. Mas isto é injusto porque eu estava para escrever sobre esse vulto da medicina política do Norte, especialidade em ortopedia, quer dizer ossos e doenças e outras deformidades dos músculos, ligamentos e articulações relacionados com o aparelho locomotor (do partido da Lapa), como manda a enciclopédia.
E no Brasil a especialidade é unificada com a traumatologia, por isso aqui dizemos que quando o Meneses se junta com o Santana, tipo rock & amiga estamos perante uma verdadeira Ortopedia traumatológica.
Muito benemérito é o António Vitorino que pensa que isto ainda lá vai com a "pedagogia contra a demagogia"...
Quem oferece 1euro pelo Meneses?
Leilão: Quem 1, Quem 2, Quem 3.. Então, não há licitadores!?
Com jeito ainda é o Santana que vai a Leilão para comprar os votos basistas do Meneses e bater-se contra Socas nas legislativas de 2009.
Nessa altura até o Socas vai dar um mergulho no Tejo, só para gozar com o Marcelo, que também não encontra espaço para mergulhar em Belém.
E assim vai o circo no dia da República.
[in Jumento]
5 de Outubro
Agora que não há reis e sabemos mais ou menos como se escolhe o Presidente da República, talvez valesse a pena reflectir sobre como ou sobre quem escolhe os governos.
É evidente que os governos são escolhidos pelo voto e os analistas políticos perdem as noites eleitorais a tentar perceber qual foi a vontade colectiva dos eleitores. Mas a verdade é que é uma maioria de eleitores que não formam a sua própria opinião quem decide a vitória nas eleições.
Isso significa que o meu voto pouco vale contra os votos decididos pelas empresas de comunicação, pelos opinion makers engajados por quem tem dinheiro para lhes pagar, pelos jornalistas de órgãos de comunicação social cuja viabilidade económica depende dos grandes orçamentos publicitários da banca, das petrolíferas ou das telecomunicações.
Estamos a dois anos de eleições legislativa e o PSD escolheu um novo líder na semana passada, interrogo-me se neste momento já não estará decidido quem governará na próxima legislatura, isto é, se o seu destino não está já decidido. Esperemos uns dias para tirar conclusões, bastará ouvir com atenção alguns dos muitos retalhistas de opinião para percebermos se os grandes interesses económicos, designadamente, a banca, confiam numa solução protagonizada por Luís Filipe Menezes ou se optam por manter Sócrates.
Ou estou muito enganado ou o futuro de Menezes já está traçado, os militantes do PSD não só se divorciaram do poder económico assegurava a hegemonia do partido como escolheram um líder que torna qualquer previsão económica num exercício de bruxaria. Antes de os portugueses votarem já há quem esteja a decidir o destino de Menezes.