terça-feira

Em 5 anos de ensino de Pub. nunca vi nada assim: um "suicídio colectivo". Cortaram a "pilinha" à República

Notas prévias à criatogénese do Jumento:
Do pouco de sei de Pub. uma coisa sei: os ingleses são bons na arte. Um tal John Hegarty é autor duma fórmula que explica que a Pub. é a redução da complexidade, e esta é uma eficiente explicação para vender um produto ou um serviço, ou até mesmo um candidato político, tipo "cabide" - como o Jumento vem definindo Meneses, pelo facto de não se lhe conhecer nenhuma ideia e serem as agências de comunicação que para ele trabalham que lhe fornecem o fast-food comunicacional que depois Meneses debita em contexto mediático.
Sei também que um anúncio perfeito - neste caso mais parece um "suicídio colectivo" - é aquele que faz da audiência cúmplice, e vendo estas imagens da República creio que é isso que as pessoas sentem. Nessa lógica, descobre-se um estímulo que, por sua vez, irá provocar uma reacção como se a Pub. fosse esse cokpit dos comandos alojados no nosso cérebro que nos vão pressionando os botões para comprar ou não um bem/serviço, votar ou não num candidato. Sendo certo que o truque consiste em fazer com que sejam as pessoas - elas próprias - a premi-los.
Ora, aqui ninguém tem "pilinha", a República comeu-a a todos eles, o que pode significar um desejo recalcado dos portugueses de quererem ver uma mulher na arte da governança, seja em Belém seja em S. Bento, e hoje tantas vezes me interrogo como seria este Portugal se Manela Ferreira leite - que é um pesadelo - fosse governanta deste país... Seria de fugir, certamente. Dela e dos obsessivos orçamentos dela.
Enfim, visionando estas imagens e tomando como válida a ideia de que a Pub. - assim como o negócio - visa apenas criar um cliente, como ensinou o génio da Gestão - Peter Drucker - (de quem ainda guardo um fax de 2000) - pergunto-me que clientes é que o Jumento ganhou e o que recebeu deles por ter-lhes vendido uma República capada...
Por último, subscrevo a teoria de Phil Dusenberry de que escrever anúncios é a segunda forma mais lucrativa de escrever. A primeira, evidentemente, é escrever bilhetes a pedir resgates.
O que pode representar uma boa notícia para um amigo que ainda hoje me confidenciava estar a apensar reformar-se. Não percebi se pelo seu pé, se empurrado pelo Estado (da arte). Seja como fôr, o Pessoa - além de escrever poemas de amor e outros de desamor, também fazia Pub. Enfim, dava para os copos no Martinho..
Talvez por isso cumpliciasse há dias entre amigos que se certos bloggers recebessem o que mereciam pela genialidade do trabalho que fazem, a todos os títulos, viviam na Quinta da Marinha, esperando eu que tivessem o bom senso de não fazer como o pacóvio do Mourinho que se reclama special, You know...
Se calhar, deveria ser ele o verdadeiro capado entre os demais...