Santana quebra o tabú que o mundo percebeu, até África
Santana Lopes avança para líder parlamentar do PSD
Confirmação após encontro com Luís Filipe Menezes
Pedro Santana Lopes confirmou hoje a sua candidatura à liderança do grupo parlamentar do PSD, sublinhando que quer "ajudar no combate colectivo liderado por Luís Filipe Menezes". "Confirmo a minha candidatura. Quero servir as causas do partido defendidas pela liderança de Luís Filipe Menezes. Quero ajudar no combate colectivo liderado por Luís Filipe Menezes", afirmou Santana Lopes, em declarações aos jornalistas no final de um encontro com o novo presidente social-democrata. Pedro Santana Lopes adiantou ainda que se candidata à liderança da bancada com o apoio de Luís Filipe Menezes.
Obs: Confesso que esta forma de fazer política, recorrendo a formas africanas (primitivas) de comunicação, de que o cavaquismo também foi prolixo, só desgastam os visados, ou seja, Santana e Meneses. Pois mesmo que a dupla maravilha desejasse dissimular esse desiderato o povo português já os conhece tão bem que tais intenções ficaram desnudadas à partida.
Contudo, entendo que a opção Santana para presidir aos destinos do grupo parlamentar é uma má notícia para o psd (e para o país), em toda a linha e a três títulos:
1. Santana terá que se defender das asneiras de que foi autor quando foi PM, daí que o seu novel papel de líder "para-lamentar" se confunda com a sua medíocre prestação política enquanto locatário de S. Bento. Dele o País real nenhuma memória positiva guarda nem o bem-comum da República saíu reforçado ou beneficiado com a sua passagem pelo governo. Antes pelo contrário, até em termos de imagem. Logo, é um factor de conflitualidade em latência...
2. Santana Lopes tem uma personalidade e um perfil generalista, um pouco semelhante ao de Mário Soares. Falam de tudo um pouco, mas com contornos, precisão, cor e luz muito aquém do nível de especialidade que hoje os problemas (complexos) comportam. Daí que a sua prestação se afigura muito generalista, mau prenúncio para uma conjuntura cujos problemas exigem uma discussão com algum detalhe técnico, valências que manifestamente Santana não dispõe. O risco desta fatalidade é um dia Sócrates estar a falar do traçado do TGV e Santana discordar respondendo com base na OTA. Veremos as desgraças que aí virão... 3. Depois Santana no Parlamento facilmente entrará em em rota de colisão com Meneses que é, manifestamente, um líder fraco e que vive refém de um nº 2 que lhe faz sombra na Lapa e em todos os circuitos de decisão da vida interna do partido, além da penetração que Lopes goza nos media, apesar de últimamente ninguém o respeitar, pois até mesmo o patrão da Sic e sócio nº 1 e fundador do PSD lhe tirou o micro da traqueia para deixar em linha o Mourinho. Estas são três ordens de razões, que vejo a quente (mas há mais..), que prenunciam um descalabro maior do que se possa pensar na vida interna do psd. Agora, diante tanta novidade e de tantos tabus, só falta Santana vir-nos dizer que os oceanos têm água, os desertos areia e que ele, once again, ainda pensa vir a ser PM em 2009. É por estas e por outras que muito boa gente em Portugal, que ainda respeita o seu próprio cérebro, se pergunta onde fica o exílio. E muitos respondem, problemáticamente, que é na Lapa...
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