quarta-feira

Os "mimos" do Jumento ao casal mais misterioso do mundo

Raios partam os McCann [in Jumento]
Agora que deveríamos andar em busca de escolas que não abrem por causa da avaria num autoclismo, a organizar uma manif para apupar a ministra da Educação, a discutir se o brasileiro Pepe deve ou não integrar a selecção nacional de futebol, a comprar o preço dos portáveis das Novas Oportunidades com os do mercado ou mesmo a tentar perceber de que esquerda é o Sócrates, andamos todos a discutir o imbróglio da Maggie.
Esses McCann foram uns piratas, levaram-nos a procurar a Maddie por tudo quanto era canto, os nossos jornalistas, os mesmos que crucificaram todos os familiares da Joana, ficaram tão sensibilizados que puseram a fotografia da Maddie na primeira página para que todos andássemos a olhar para todas as crianças louras com que nos cruzássemos.
Fomos à missa com eles, ligámos para o telejornal para os vermos a serem recebidos pelo Papa, tudo fizemos para lhes minimizar o desgosto e agora foram-se embora e meteram a mana gorda a falar mal da nossa PJ? Isso não se faz.
Tiveram um tratamento vip por parte da nossa justiça, apostámos todos na sua candura, usámos a fita amarela, desconfiámos do vizinho os jornalistas até deram um raro exemplo de solidariedade com os protagonistas da notícia, o Procurador-Geral tratou-os bem melhor do que ao Paulo Teixeira Pinto & Friends da Operação Furacão e fazem-nos isto? Logo agora que em defesa do bom nome da Nação todos nos portámos de forma exemplar estes dois ingleses resolveram enfiar-nos o barrete, lembrando-nos a história dos “amigos de Peniche”, os tais que desembaraçara naquela vila piscatória para nos ajudar e nunca apareceram.
Diziam que a Maddie estava viva e é o que se sabe, que não voltam até encontrarem a filha e já lá estão, que vinham se fossem chamados e já contrataram o advogado especialista em deportações que livrou o Pinochet do juiz Garzón. Enfim, enfiaram-nos um grande barrete, abusaram da nossa ingenuidade colectiva precisamente quando nos portámos de forma exemplar.
Já tínhamos um D. Sebastião que era suposto voltar para nos resolver os problemas. Como o D. Sebastião nunca mais regressou de Alcácer Quibir para nos tratar das dores de cabeça, temos agora a Maddie que enquanto não aparecer nos ajuda a esquecer os problemas.
Obs: Será muito interessante acompanhar de perto como é que a imprensa britânica irá passar a ver este casal, que no jogo relacional da comunicação se encontra "borrado" de medo pelas petas grosseiras que, alegadamente, praticaram diante os olhos do mundo - a partir do Allgarve. E não é certamente com os seus proventos como médicos que irão pagar os honorários aos advogados pagos a peso d'ouro para os defender.
Assim sendo, o tribunal deveria imediatamente proceder a uma fiscalização das suas contas bancárias a fim de determinar qual o montante dos fundos que agariaram, até com a ajuda do Papa, como está a ser gerido esse fundo e para que tem servido.
Sou até de opinião que parte desse fundo deveria ser confiscado pelas autoridades judiciais portuguesas e afecto numa conta à parte para ser utilizado na busca de crianças portuguesas que desapareceram sob a maldade dos crimes hediondos da pedofilia. Seria uma pequena compensação a Portugal pelo dito casal pela má imagem que cá deixaram, reflexo da sua irresponsabilidade enquanto pais e até por serem pessoas manipuladoras com isso pretendendo criar um clima favorável da opinião pública às suas teses-macacas que hoje já ninguém, com dois dedos de testa, acredita.
Confesso que não queria estar na pela desta gente, pena tenho eu da menina que, se calhar, jamais aparecerá - morta ou viva.