Bin Laden diz que a América está frágil
Vídeo divulgado em vésperas do aniversário do 11 de Setembro
Bin Laden diz que a América está frágil
07.09.2007 - 22h53 Agências
Osama bin Laden diz que os EUA estão numa posição de fragilidade, apesar do seu poderio económico e militar. A declaração consta do vídeo divulgado pela Al-Qaeda por ocasião do sexto aniversário dos atentados de 11 de Setembro, no qual o saudita promete intensificar as operações no Iraque.
No seu primeiro vídeo em três anos – o último foi divulgado antes das presidenciais americanas – Osama bin Laden não faz ameaças específicas, mas menciona acontecimentos recentes e nomeia o novo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, dando a entender que a gravação será recente.
A autenticidade da gravação não foi ainda confirmada, mas a Reuters adianta que a cópia a que teve acesso (com 30 minutos de duração) corresponde à fotografia colocada ontem em vários fóruns usados por radicais islâmicos, anunciando a divulgação para breve do novo vídeo.
Bin Laden surge nas imagens mais velho, apesar da barba pintada de negro, e de aspecto adoentado, envergando um manto tradicional, em vez do habitual camuflado com que surgia nas filmagens nas montanhas afegãs.
“Apesar da América ser uma grande potência económica e ter o mais poderoso e moderno arsenal militar, apesar de nesta guerra [do Iraque] e no seu Exército mais do que o mundo inteiro gasta com os seus Exércitos (...) 19 jovens foram capazes de mudar o seu rumo”, declara Bin Laden, numa referência aos autores dos atentados de 2001.
Hoje, afirma, “a questão dos mujahidin [combatentes] é uma parte inseparável do discurso do seu líder” e “muitas das políticas do país são influenciadas por eles”.
De acordo com uma tradução feita pelos serviços secretos norte-americanos – que estão ainda a analisar o documento – Bin Laden compara a situação que os EUA enfrentam no Iraque à vivida pela União Soviética aquando do conflito no Afeganistão, na década de 1980. “Os erros de Brejnev estão a ser repetidos por Bush que, quando foi questionado sobre a data de retirada das suas forças do Iraque, disse que isso não aconteceria durante o seu mandato”.
O líder da Al-Qaeda fala também do “fracasso” da cooperação política entre Bush e o Governo de Nuri al-Maliki, acusando-os de fomentarem uma guerra sectária para conseguir vencer o conflito e promete reforçar as acções da Al-Qaeda para conseguir a retirada americana.
Obs: Três notas:
1. Releia-se o artigo de António Vitorino infra;
2. Ninguém foi capaz de identificar o esconderijo da toupeira e apanhar o "bicho" e levá-lo a um Tribunal de Crimes contra a Humanidade;
3. Bin laden mostra como se faz agitprop ao comparar os erros de Leonidas Bresniev no Afeganistão em fins de 80 - aos colapsos monumentais do mentecapto g.w.Bush no séc. XXI. Nem os milhões oferecidos pela captura de bin, recordando os velhos tempos do Far West, trazem luz à sua captura. Até parece que o US. dólar já perder valor facial.
Até aqui o BE poderia aprender algo.
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