Ficção: o Jaguar de Jardim Gonçalves. Mais velho que o carquejas... Regresso ao statu quo ante.
Após ter lido a renúncia de Paulo Teixeira Pinto na presidência do BCP - Jardim Gonçalves ficou tão satisfeito que só lhe ocorreram três coisas: ler mal e porcamente uma cábula mal escrita e pior pensada, reservar mesa para 10 no restaurante A Fortaleza do Guincho, um retiro luxuoso e exclusivo construído sobre as ruinas do séc. XVII - situado no topo de uma falesia e, em terceiro lugar, esfregar as mãos de contente, qual sabujo dentro dum Jaguar de 1967 - mais velho que o carquejas. Não porque quer ele quer o carro sejam velhos e representem um passado, mas porque daquela cabeça já nenhuma vitalidade brota em benefício da instituição, dos accionistas, dos clientes e do mercado.
Só que após a leitura do despacho de renúncia de PTP a coisa começou logo a correr mal: em vez de irem pela auto-estrada, Jardim pediu ao motorista que alinhasse em direcção à Marginal, e logo na curva do Mónaco, porque o motorista já se encontrava meio embriagado pelo excesso de conhaques que mandou a baixo no local onde decorreu a conferência de imprensa em que Jardim "enforcou" PTP, despistaram-se e o carro e os ocupantes foram parar ao mar.
Volvido meia hora após o acidente, e enquanto o mordomo da Fortaleza do Guincho aguardava o motorista e Jardim Gonçalves - para o jantar com os restantes accionistas que ganharam (pírricamente) a causa, uma traineira gigante que passava ao largo do Bugio com camiões Toyota avariados e milho para Angola - avistou dois pelintas encolhidos no dito farol acenando para que o Instituto de Socorros a Náufragos em Paço de Arcos os fosse lá levantar.
Só que nesse trajecto Jardim Gonçalves não conseguiu resistir aos ferimentos resultantes do acidente, e veio a secumbir ainda antes de chegar a terra, apenas com o motorista vivo e a dizer para si e para quem o ouvia: coitado, mas antes ele do que eu!!.
Com o fundador do bcp defunto, que impôs a solução Filipe Leal - os demais accionistas (alinhados com PTP) revoltaram-se e até antes do funeral decidiram agendar uma Assembleia Geral extraordinária do bcp - onde se impugnaria a opção Filipe Leal (imposta pelo "velho-Jaguar") e onde Joe Berardo - que entretanto reforçou a sua posição na estrutura accionista do banco após a venda de metade do espólio artístico que tinha no "seu museu" do CCB (onde despachou o Mega Ferreira) - para voltar a reiterar a confiança em PTP. Os demais accionistas acabaram por seguir Joe, sob ameaça deste levantar todo o seu património de Portugal e investir no País de Robert Mugabe. Aqui até o PM, Socas, interveio subterrâneamente a seu favor - mediante uma nota confidencial ao mercado no sentido de se apoiar a estratégia de Big Joe.
Com este acidente post-renúncia de PTP recolocou-se, portanto, o velho problema - não já da sucessão no bcp - mas da liderança do maior banco privado em Portugal. O 3º elemento que ia no Jaguar de 1967 foi o primeiro a falecer no acidente, foi encontrado mais tarde entalado entre duas rochas na velha praia de Cruz-Quebrada. Há quem diga que era Filipe Leal que ía no jaguar a anotar indicações acerca do futuro do futuro..., que acabou por não acontecer. Nessa noite PTP e os seus acabaram por jantar na Bica do Sapato calma e serenamente, e quando souberam da notícia pelos media mandaram vir o bolo, as velas e o Champagne... Lá fora ouviram-se muitas palmas e um viva: Viva o Presidente Paulo!!! E no day after a Prelatura da Opus Dei emitiu uma nota à impensa sugerindo que PTP regressasse ao velho lar - donde partira precipitadamente. Amén.
<< Home