quarta-feira

Somos um País de inadaptados, até na condução

Lisboa: oito feridos em acidentes 2007/05/02 10:23 Trânsito entupido em manhã «muito complicada» devido à chuva Pelo menos oito pessoas ficaram feridas na sequência de vários acidentes esta manhã na zona de Lisboa.
Por volta das 10:00, o trânsito continuava a ressentir-se de uma manhã «muito complicado», conforme adiantou ao PortugalDiário o agente principal Duarte da Divisão de Trânsito da PSP, que atribui os sinistros ao piso molhado e ao excesso de velocidade.
A situação mais grave ocorreu por volta das 7:25 da manhã, na Avenida da Índia, quando um autocarro da carreira 28 abalroou dois carros, provocando quatro feridos ligeiros. O acidente deu-se em frente ao Museu da Electricidade, tendo provocado o corte do trânsito durante duas horas. A circulação foi retomada às 9:15.
Também o Eixo Norte/Sul foi palco de dois acidentes, em ambos os sentidos, junto ao Aqueduto das Águas Livres, tendo provocado dois feridos.
Um capotamento no IC2 no sentido Praça José Queirós ¿ Ponte Vasco da Gama, junto ao acesso à ponte, às 8:30, fez um ferido. [...]
Obs: Sempre que o clima muda ficamos desastrados e não conseguimos moderar o alinhar o tipo de condução normal para um contexto de condução excepcional, ou seja, de piso molhado. Em termos sensoriais é um desastre, porque isto revela bem como somos incapazes de alterar a biografia da nossa condução consoante faça sol ou chuva, até parece que a nossa compreensão do tempo é condicionada pela existência de acidentes para voltar a ter mais prudência e conduzir dentro das regras.
Se tivéssemos uma visão de 360º, como o mítico Jano que possuía olhos à frente e atrás, não só seria diferente a nossa percepção de espaço, como também a nossa compreensão de tempo, e isso poderia evitar muitos acidentes. A alternativa para muita gente que anda por essas estradas nacionais fingindo que sabe conduzir seria conduzir um carrinho-de-linhas, e isto também se aplica a alguns condutores de bus que conduzem ao esticão.
Em suma: em Portugal basta que chova para haver desgraças, além daquelas que já existem quando faz sol. Até dá vontade de solicitar ao S. Pedro que mande vir um tempo intermédio só para ver se os tugas aprendem a distrinçar o poder duma máquina desse tal carrinho-de-linhas que muitos (só) deveriam conduzir.