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A contratação dos assessores do Porto de honra na Câmara Municipal de Lisboa

Carmona acordou tarde para a legalidade, além de ser demasiado cumplice com as centenas de ilegalidades cometidas na autarquia. E a corrupção ao nível da contratação de "assessores", a maioria dos quais moços de recados do António Preto e do sergio Lipari, afilhado do Preto, não passavam de cola-cartazes que viram aí o seu momento de glória. E à custa de quem? Do orçamento camarário, claro está. Por isso, reclama-se uma justa indemnização à cidade por mais este esbulho assessorial. O António Preto e o MMendes que passem o cheque, esperemos que não seja um cheque careca e proveniente de uma Escola de condução...
in CM:
O orçamento da autarquia para 2007 prevê uma despesa anual de 13,5 milhões de euros com avençados e de 11,5 milhões de euros com contratados a termo certo, num total de 25 milhões de euros. E, garante fonte próxima da investigação, “essa verba é toda para assessores”.
Os documentos analisados, obtidos na sequência das buscas da PJ, já permitiram concluir que, “com Santana Lopes, a coisa começou a crescer, mas é com o actual [ex-] presidente [Carmona Rodrigues] que as coisas dispararam”. Mesmo assim, frisa-se que este tema “é um assunto incómodo para toda a vereação” da autarquia.Em causa, está, segundo fontes conhecedoras do processo, a suspeita de eventuais “ilegalidades na contratação do elevado número de assessores, abuso de poder e falsificação de documentos para pagar horas extraordinárias a avençados que nunca puseram os pés na Câmara”. Os dados já permitiram identificar dois tipos de assessores: “Os funcionários da Câmara, que são convidados pelos vereadores, têm o vencimento aumentado e não podem fazer horas extraordinárias; e os prestadores de serviços [avençados], que têm isenção de horário e não podem ter horas extraordinárias.
”Com base nesta realidade, dá-se como certo que, “no global, a Câmara terá acima dos 200 assessores”. E, deste total, “60 ou 65 por cento são do PSD e 35 ou 40 por cento dos partidos da oposição”.
Obs: Quando Martinho Lutero quis fazer a Reforma teve de publicar as suas reflexões na porta duma Igreja; quando o fisco quer pressionar os contribuintes relapsos afixa o seu nome nas vitrines públicas para os envergonhar e humilhar e, assim, o Estado emerge como cobrador-do-fraque esquecendo-se ele próprio que é o principal caloteiro, mas obriga os cidadãos a pagar; agora seria lícito que a Comissão administrativa da CML afixasse quem é essa gente/assessores, qual o seu cv, quanto ganhavam, como foram contratados e quantas vezes meteram os pés na autarquia.
Fica aqui uma sugestão à PJ, que, em regra tem sempre muita dificuldade em penetrar nessas malhas das politiquices: perguntem ao António Preto e ao seu afilhado, sérgio Lípari que eles são alguns desses responsáveis pela podridão financeira a que chegou a CML. E, acima deles, claro está, o timoneiro das cunhas, MMendes - quem, de facto, manietava Carmona em todas as decisões.
Até se dizia que sempre que Carmona puxava o autoclismo acendia uma luz vermelha na S. Caetano à Lapa onde Mendes prepara as intervenções que perde sistemáticamente na AR para Sócrates.