domingo

Ser amado ou ser temido... Maquiavel em revisão. Uma advertência para Sócrates

SÓCRATES TERÁ DE TIRAR A CABEÇA ONDE A METEU, SOB PENA DE LHE COMEREM OS MIOLOS...

Música Indiana/Brasileira

A questão que constrange o PM e a natureza académica da sua licenciatura tem hoje conexões políticas e polítológicas importantes. Não tinha, mas com a passagem do tempo (perdido) - que é sempre esse velho e tirano sacana que tritura tudo à sua passagem - passou a ter. O tempo é assim: ora adorna as coisas e valoriza as pessoas, ora as corrói e destroi, por vezes mata-nos em vida. E de tudo que foi fica um nada de memória, um eco, ou eco-de-eco que só ecôa já só muito lá ao longe...

Decorre daqui não uma questão metafísica, mas um ponto de luz estratégico que pode cortar as pernas a Sócrates, atingindo-o na sua idoneidade e credibilidade, já que com aqueles assessores que telefonam para a RR a ameaçar os jornalistas de serviço S. Bento não se safa. Sugira-se, pois, um curso de aperfeiçoamento rápido em Rela. Púbicas aos assessores de Socas, quiça a UGT ou a CGTP ainda tenha alguns desses cursos em carteira no tempo em que Torres Couto corrompeu a filosofia dos fundos comunitários para aí direccionados. Fica, pois, a nota para o n/ PM: recicle os assessores que bem precisa. Ou ceda-os a durão Barroso a ver se ele cai mais depressa do pedestal da Europa - que hoje paralisa - sem visão nem rasgo nem projecto o Velho Continente.

O Príncipe, ou seja, Socas, sabe que é obedecido porque tem autoridade e as pessoas - inclusive a oposição - o temem. Mas deverá evitar, e é aqui que entra o nosso amigo Nicolau - que dali reporta do seu gabinete de trabalho em San Casciano (in Val di Pesa - onde veio a morrer) - ser odiado ou desprezado. E, na prática, se bem que por omissão do PM (mas por muita acção desastrada do seus assessores), é isso que tem sucedido na gestão das condições que levaram à sua licenciatura na dita universidade.

Sabemos já como é Sócrates: furtivo e assertivo, combativo e vigoroso, dialético q.b. Por comparação também assim era Margaret Thatcher, a dama-de-ferro que governo o RU durante uma década, desafiando tudo e todos: o terrorismo na Irlanda do Norte e os graves conflitos internos com o sindicalismo na Inglaterra. Ganhou nas duas frentes. Mas, no fim, ela ultrapassou as marcas, e fez dessa arrogância um motivo forte para ser desprezada no seu país. Ou seja, foi a sua intransigência que a cegou, e depois passou a ser odiada pela população.

O mesmo sucedeu a W. Churchil décadas antes no post-Guerra - em que os seus ministros deixavam-no a falar sózinho nos corredores, a ponto de lhe virem as lágrimas aos olhos... Quando Churchil percebera isso já estava políticamente morto...

É óbvio que daqui não decorre nenhuma conexão directa com Socas, mas o apodrecimento desta situação está a trabalhar nesse sentido, e os seus assessores já fizeram mais para que esse desastre aconteça do que ele próprio.

Daqui perguntamos a Sócrates - se ele que continuar a ser amado, temido ou desprezado...
Esperemos que ele para a semana, depois de dizer o que terá para dizer, possa voltar a ser respeitado. Para Nicolau aquele abraço pelos ensinamentos constantes que sempre nos dá. Estou certo que até Maquiavel concordaria comigo na opinião acerca daqueles assessores do PM...
Precisam mesmo dum curso de Rela. Públicas, nem que seja na Seg. Social de Xabregas ou num Inst. de Formação Profissional perto de S. Bento.

Adenda:

in DN

[...]

Pressionadíssimo para vir a público defender-se, Sócrates decidiu ficar calado enquanto o processo de investigação à Independente não estivesse concluído. Agora, o DN sabe que o primeiro-ministro vai publicitar os diplomas do curso de Engenharia Civil que concluiu no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, a frequência do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, a licenciatura na Universidade Independente e o MBA concluído no ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) com 17 valores. [...]