sábado

Narrativas duma Lisboa antiga

Igreja Madre Deus - que hoje serve para tudo menos para o culto. O "culto" está convertido aos casamentos & baptisados e (depois aos divórcios, a maior parte litigiosos). Segundo parece também serve de fonte inspiradora para algumas pessoas mais dedicadas escreverem livros. Ao menos alguém salva o convento..., da desgraça dos casamentos & baptisados...

Não é preciso apanhar um táxi, porque fica mesmo contíguo aquela Igreja - deparamo-nos com o Museu Nacional do Azulejo (www.mnazulejo-ipmuseus.pt) fundado em 1509 de rainha D. Leonor - que depois deu origem ao nome dum Liceu alí para as bandas de Alvalade que na década de 80 registou um número estranho de adolescentes grávidas. Desconhece-se a razão desses acidentes e das conexões entre uma coisa e outra, mas o que é facto é que até parecem terem sido de propósito, porque foram essas mesmas pessoas que se casaram, fizeram o baptismo aos respectivos filhos e depois se divorciaram. Tudo sob os olhares atentos da zona Oriental de Lisboa e do antigo Convento Madre Deus. Algumas dessas pessoas ainda disseram - Amén. Hoje rezam palavras diferentes: "estou arrependido/a". O tempo é f..... Mata tudo, até a memória d que já não existe. Será que alguma vez existiu!?

Panteão... visto da Feira da Ladra street...Ainda nunca ninguém roubou a cúpula do monumento, mas parece que já houve tentativas. Contudo, nunca concretizadas porque também não há cliente para tal achado... Resultado: a cúpula ainda lá está..

Como se vê, com o rio Tejo como pano de fundo. E guarda os nossos mortos mais nobres. Os PRs e a Amália Rodrigues estão lá... Será por isso que milhares de pessoas alí se juntam todos os sábados... Duvido!! Mas ainda há muita gente que aprecia fado. O fado da Feira da Ladra.

O interior do Panteão, como tenho vertigens chapei de baixo para cima.

E de lado... Mandaram acender aquela clareira só para mim... Ou então foi o flash d' algum turista mais afoito

É uma questão de performance - dizia o artista que monitorizava a "montra" com a cerveja numa mão e a boca cheia de algo enquanto ventilava perdigotos para quem passava... Os pombos comiam. Só não percebi se ele pretendia vender os talheres ou o chaço, mas que foi uma jogada de marketing - lá isso foi.

Também isto é Portugal, no III milénio...