O grande Jorge Luís Borges: o homem que guardava o dinheiro entre os livros
Borges tinha uma particularidade além de ser um genial escritor. Ele... Bom, ele guardava o dinheiro entre os livros. Com a passagem do tempo a sua visão foi-se deteriorando, razão por que confiava essa tarefa numa sua empregada, de sua confiança absoluta. Quando outras pessoas lá iam a casa, perguntavam a essa tal empregada se Borges guardava efectivamente o dinheiro entre os livros.
- Ela respondia que não, e mais afirmava que o Sr. Borges jamais poderia ter dito uma coisa dessas. Borges sentia desprezo pelo dinheiro, embora houvesse moedas de ouro pela casa, dólares em certos livros. De facto, aquela empregada sabia de tudo, mas nunca tocou num "centavo". Ela sentia-se feliz assim: não só guardava o dinheiro que Borges lhe confiava, como se ocupava que ninguém o levasse. Já que o dinheiro estava alí, entre os livros... Daqui retiro uma lição: deve-se estimar sempre as melhores empregadas, e, se elas forem boas, devemos até casar com elas. Desse modo, diminuimos o risco de entrar na ruína, ou até de ser arruinados...
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