O 11 de Março que matou mais de 200 pessoas em Espanha
Aqui temos o Homem: "Mohamed, o Egípcio"
11 MARÇO
Principal suspeito recusa responder a perguntas.
O alegado cérebro dos atentados do 11 de Março não respondeu a nenhuma das perguntas que lhe foram feitas na primeira sessão do julgamento deste caso. «Mohamed, o Egípcio» disse apenas não reconhecer qualquer acusação que lhe era feita.
O alegado cérebro dos atentados do 11 de Março recusou a responder a qualquer das perguntas que lhe foram feitas, esta quinta-feira, o primeiro dia do julgamento do processo que está a decorrer nos arredores de Madrid sob fortes medidas de segurança.
«Não reconheço nenhuma acusação, nenhuma denúncia e com todo o respeito ao senhor presidente e senhores magistrados não vou responder a nenhuma pergunta, incluindo as do meu próprio defensor», afirmou «Mohamed, o Egípcio».
Após o presidente do colectivo que está a julgar este caso lhe ter dito que tinha o direito de responder a «todas, algumas e nenhuma das perguntas que lhe sejam formuladas», Rabei Osman El Sayed recusou mesmo dizer se se considerava «culpado ou inocente».
Sem sucesso, a procuradora Olga Sanchez colocou diversas questões ao principal acusado deste caso durante cerca de meia-hora perante o olhar impassível de «Mohamed, o Egípcio», que se apresentou no tribunal de calças de ganga e com um casaco branco.
Um dos seus dois advogados insistiu na quarta-feira no facto de não haver qualquer prova material contra «Mohamed, o Egípcio», dado que existem «apenas duas gravações de Milão, onde ele fala de Madrid».
Uma destas gravações foi conseguida pelos serviços secretos italianos após a intercepção de uma conversa deste egípcio em Milão, preso a 7 de Junho de 2004 nesta cidade, onde «Mohamed, o Egípcio» terá dito que «toda a ideia da operação de Madrid foi minha».
Para além de Rabei Osman El Sayed, estão ainda a ser julgados neste caso mais oito cidadãos de países árabes, bem como 20 espanhóis, que enfrentam acusações que vão desde terrorismo até roubo de dinamite que foi usado nos atentados a troco de droga.
Entre os acusados, está ainda o marroquino Youssef Belhadj, alegado porta-voz da al-Qaeda na Europa, e que terá aparecido num vídeo a reivindicar a autoria dos atentados do 11 de Março, encontrado dois dias depois dos atentados perto da grande mesquita de Madrid.
O também marroquino Abdelmajid Buchar também está entre os 29 suspeitos de ligações a este atentado, depois de ter escapado ao cerco policial feito a um apartamento da cidade espanhola de Leganés, a 3 de Abril de 2004, onde sete alegados implicados nos atentados se terão feito explodir." (in tsf)
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