terça-feira

A teoria Phaeton numa ilustração do homem-cato: o pior político da Europa em 2006

Image Hosted by ImageShack.us

O capitalismo (e o processo de industrialização generalizado a todos os sectores da economia) é o sistema que mais e melhor simboliza a era do indivíduo. Antes dele só as 95 teses fixadas na porta da Igreja de Todos os Santos, em Wittemberg, na Alemanha - por esse homem, sábio e corajoso e justo que foi o reformador protestante Martinho Lutero, promotor da reforma indispensável ao capitalismo gerador da (tal) industrialização, logo também da emergência massificada do automóvel de que aquele VW-Phaeton é exemplo.
Mas em lugar de entregar à Igreja (bem sabemos como são os padres, a generalidade deles... e nem é preciso reler o Eça) a interpretação da Bíblia, Martinho Lutero engendrou - e bem - esse direito de poder ser qualquer ser humano a fazer essa interpretação. Nasceu o chamado livre-arbítrio que depois se revelou de extrema importância para a reinvenção, força e projecção da Cristandade em todo o mundo. Quinhentos anos após aquela invenção intelectual genial de Lutero - nascia com fulgor o sistema Capitalista, e com ele o carro, o frigorífico, a máquina de lavar roupa, o aquecedor, o secador, o esquentador e mais uma catrafada de utensílios deste nosso vovo tempo.
A tal ponto de as pessoas serem livres de interpretarem as informações, os acontecimentos como bem entenderem. Ou seja, doravante, as pessoas têm até o direito à asneira, à falsidade histórica, à arrogância, à incompetência, à gula e à ganância - e aos contrapontos mais virtuosos nesta reinvenção permanente do capitalismo de casino em que vivemos., e de que o simbolo-mor é o homem-faber, o homem que se faz a si próprio, o homem que veio para ficar, por vezes o oportunista nato, o traidor patológico da política que confunde interesses comuns com interesses privados, particularistas de que conhecemos belo exemplo em alguns locatários do poder bruxelense.
Este exemplo do VW-Phaeton, que é um excelente carro, não passa, afinal, dum pretexto. Um pretexto diluído na mente patológica e narcísica de alguns políticos que temos: uns que abandonam o governo português a meio do mandato e demandam Bruxelas deixando o país a arder entregue a "cantoneiros" da política, que confundem percepções com realidades; outros que estando em Bruxelas já estão a preparar o melhor regresso - nesse jogo de topo de gama da política corrupta, canalha e serventuária de certos cromos sem projecto nem finalidade que ocupam o poder como um burro faz sombra ao sol.
Aquele carro de marca VW - apenas serve de mero indicador desta situação de parasitagem do poder, tanto mais que durão barroso foi aqui por nós eleito o pior político (europeu) de 2006, e também é sabido que em tempos, quando o jovem foi estudar para a Suíça, obteve uma bolsa de estudo da referida marca - que depois, no governo, "pagou" comprando carros oficiais daquela marca.
Tudo é, portanto, manipulável, gerível, privatísticamente em função de intereses, conveniências e caprichos muito peculiares de certas sombras do poder. Dá-se o caso de aquele Phaeton dispor de zonas individualmente climatizadas, permitindo ao condutor poder estar na rua de S. Bento alí à Estrela - e ao passageiro numa artéria de Bruxelas ou mesmo no Mediterrâneo - usufruindo um clima de férias em contexto de armador grego, tão ao gosto de durão, o transmontano de Bruxelas hoje a desgovernar a Europa.
Qual é, afinal, a "lição" polítiqueira que estes tipo de políticos nos deixam? A de que tudo é possível, cada um climatiza-se no sector que mais lhe agrada, a exemplo, do Phaeton. A política, para estes tipos, não visa o bem comum, mas tão somente os interesses e as ambições pessoais de zé barroso e família, como se essa actividade nobre não fosse senão um mundo aberto e uma arquitectura aberta para que o "arquitecto" do poder de serviço possa construir a casa ao seu gosto e dimensão, sem respeitar a casa dos outros, o ambiente e a gestão e ordenamento do território.
Contudo, se olharmos para os indicadores de desenvolvimento humano da UE - o que vemos senão uma paralisia do Velho Continente, com mais e mais alargamentos, como se isso se traduzisse em mais riqueza, modernização e desenvolvimento relativo para os países membros desse aparente club de riquinhos da silva.
Durão barroso não é já só o homem da má gestão e da decadente Europa falho de visão, ideias e liderança; nem o homem-de-mão ou o testa-de-ferro de G.W.Bush na Europa para o trampolin que foi (e é) a guerra do Iraque à margem do direito internacional e violando a Carta da ONU - hoje com um saldo estrondoso de milhares de mortos, sem que daí resulte qualquer segurança, paz ou estabilidade regional ou mundial; fujão barroso é também o homem do VW-Phaeton: o homem que paga favores a marcas que em tempos lhe pagaram bolsas de estudo. Barroso é, em suma, o paradigma negativo ilustrado pelo homem-cato. Aquele de quem ninguém se pode (ou quer) aproximar, sob pena de...
Barroso, como sLopes, são ilusões da política lusa, puras ficções inventadas com um aperto de mão dado, um dia, por Francisco Sá Carneiro.