A dimensão da TEORIA à luz da Ciência Política, do pensar e tudo, como diria Almada

O nosso amigo José Adelino Maltez, um dos únicos catedráticos em Ciência Política em Portugal e dos que mais produz na área, dá-nos aqui uma trajectória que nem me atrevo comentar, apenas sinalizo pontilhando essas pérolas do pensamento sociológico e político contemporâneo que cita e enquadra: a denuncia de Giovani Sartori ao charlatanismo, uma incursão a Kant, outra ao nosso Fernando Pessoa (afirmando que toda a teoria deve ser posta em prática), evoca Leo Strauss, Vilfredo Pareto, Jurgen Habermas (tão apreciado por António Guterres, até já tenho saudades de o ver por cá), "a renda de bilros" de António Sérgio que tive o privilégio de ouvir citar Agostinho da Silva no Príncipe Real - em sua própria casa (tambem já tenho saudades), e o maior cronista da conjuntura do pós-Guerra Fria - por quem adriano Moreia tentou copiar as suas sebentas, Raymond Aron, com Pascal à ilharga. Teria gostado de ver também desfilar nessa galeria Max Weber. Sabemos que Adelino Maltez não cita na rede, violando a natureza do Rizoma e perde, assim, a oportunidade de divulgar mais os geniais autores que cita e que o Macro aqui gostosamente também sinaliza.

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Diz Popper que "todos somos vítimas do nosso próprio sistema de preconceitos...todos consideramos muitas coisas como evidentes por si mesmas; de que aceitamos sem espírito crítico e, inclusive, com a convicção ingénua e arrogante de que a crítica é completamente supérflua". Vale-nos que o Presidente Cavaco vai agora descobrir o caminho comercial para a Índia, levando consigo essa cientificidade pura que é o secretário de Estado Manuel Heitor, talvez porque o principal dirigente de Nova Delhi é um físico nuclear, mas que também é poeta. (...)