Desígnios lusos na visita à Índia
O presidente da API, Basílio Horta, que está a acompanhar a visita de oito dias do Presidente Cavaco Silva à Índia, revelou que o seu objectivo é, a médio e longo prazo, conseguir mil milhões de euros de investimentos indianos em Portugal em áreas como biotecnologia, farmacêutica, tecnologias de informação, comunicações e turismo. «Mil milhões em investimento é o nosso objectivo. Para a Índia é pouco e para nós seria um excelente contributo para o investimento estrangeiro e também para a nossa balança de pagamentos», afirmou.
E a opção pela Índia é, para o ministro da Economia, Manuel Pinho, que está a acompanhar a visita presidencial, «uma prioridade», a par de outro país asiático e potência emergente - a China.(...)
Por exemplo, em Goa, poderá haver possibilidades de investimento de empresas de turismo portuguesas numa região com muitos quilómetros de praias, no Mar da Arábia, e com uma ligação histórica a Portugal, de que foi colónia até 1961.
Na construção civil, diz o presidente da API, há «muitas possibilidades» para as empresas portuguesas dado que o Governo indiano planeia investimentos «de muitos biliões de dólares, a médio prazo», em infraestruturas, como estradas e pontes.
Os famosos «call-centers» da Índia poderão ser uma experiência possível, nomeadamente os centros de terceira geração, multilínguas.
Basílio Horta tem também «muitas esperanças» numa parceria entre a portuguesa Biotecnol e a BIOCON, empresa de biotecnologia com sede em Bangalore, que começou por exportar enzimas para amaciar a carne e clarear a cerveja e é hoje uma empresa de ponta.
A última paragem da comitiva presidencial pela Índia é precisamente Bangalore, onde Cavaco Silva chega na próxima terça-feira, depois de escalas em Goa e Bombaim.
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Para apoiar os negócios que eventualmente venham a ser concretizados, vai ser criada, a breve prazo, uma delegação em Nova Deli da AICEP, que juntará funções e competências da AIP com o ICEP Portugal - Investimento, Comércio e Turismo, e um escritório em Bombaim. (...)
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Obs: concretizar 1/3 destas intenções de investimento já seria ouro sobre azul. Seriam Vacas a mais..
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