sábado

A bernarda de Cravinho.

O meu nome é João, João Cravinho.
Um dia o Macro ainda lhe perguntará o que o faz andar tão insatisfeito com a vida que o leva a buscar o suicídio (político)
João Cravinho é docente de Relações Internacionais em Coimbra, salvo erro; já leu os clássicos da área, conhece bem o balance of power no metier; é reincidente nos Negócios Estrangeiros; deve falar línguas, apruma-se e convive com os diplomatas; comporta uma boa dose de cinismo, hipocrisia e duplicidade, como manda o posto e no momento em que o Jaguar montou árdua emboscada ao veado - alguém dá um tiro e o veado foge.
Foi Cravinho que puxou esse gatilho da incúria dizendo que se as relações luso-indianas não floresceram tal deve-se à inércia ao tempo em que Cavaco era PM.
Ante isto, várias hipóteses se colocam como explicativas para o sucedido:
1) Cravinho fumou mais do que a dose recomendada
2) Comeu canela em vez de só a cheirar
3) Foi mordido por uma cobra e pensava que estava a abraçar Rai, a mulher mais bela do mundo
4) Quer demitir-se e não sabe como.
Sugerimos aqui a João Cravinho, por quem temos até consideração, que escreva mais um artigo para a revista de Política Internacional e, na dúvida, i.é, antes de dizer bacuradas em momentos sensíveis no quadro de situações diplomáticas, pense 21 vezes antes de abrir a boca. Pode-se até aconselhar com homens experimentados nas assessorias em Belém, como Carlos Gaspar - que conheço bem - até como docente - senhor duma paciência a toda a prova. E só o facto de ter trabalhado com Sampaio diz bem da sua paciência.
É pena que esta bernarda diplomática tenha ocorrido neste momento, os indianos vão pensar que somos tolinhos e Socas fica penhorado perante Cavaco - que amanhã ou depois tem a legitimidade de dizer a S. Bento de mude de MNE.
E por falar em MNE, espero que Luís Amado tenha feito a sua intervenção com sucesso... Depois logo se falará dos aviões que, em rigor, são mais da responsabilidade de fujão barroso.