quarta-feira

As pernas da Katrina e o "look" de Quitéria Barbuda. Qual escolheria nos dilemas da Pub.?

Nota introdutória:

Esta imagem persegue-me há meses. Deve ser uma mulher fascinante, por tantas serem as suas qualidades. Imagino as estórias que se escondem por detrás daqueles olhos. O saber que se oculta sob aquela testa. E digo-o sem qualquer ponta de ironia para ter graça ou até gerar um efeito de contraste com as legs da srª dona Katrina.. Se há caras de pessoas que traduzem um mundo de autenticidade a face dessa Mulher é uma delas. E se me fosse dada a possibilidade de passar uma hora com esta mulher e uma noitada com a katrina muito provavelmente... Entre a sinceridade da 1ª e o pernão da 2ª jamais hesitaria na resposta - que aqui partilharei à luz da moderna teoria da Pub. enganosa - porque também é disso que se trata. E, bem ou mal, temos de saber conviver com isso em democracia, por natura mentirosoa, sedutora, simuladora e dissimuladora.

Mas vamos à teoria geral que enquadra estas macacadas e outras cumplicidades que a Pub. pretende aprofundar nos clientes para mais facilmente os embarretar. O exemplo do Jumento não é, infelizmente, um caso isolado. Na minha rua, conheço mais dois casos de inteira insatisfação, e não tem a ver com pernas. Sendo que, por vezes, os produtos e os serviços prestados têm qualidade, mas creio não ser essa a regra nos mais variados sectores. Da banca aos seguros, dos enchidos às botijas de gás, das cuecas aos secadores e até aos combustíveis - onde o que marca no posto de gasolina tem sempre um valor inferior ao combustível que efectivamente pagamos na caixa. No fundo, anda meio mundo a enganar a outra metade, e o mais grave é que isso é hoje feito com mais convicção, com mais afinco, com mais pernas, com mais mentira (institucionalizada) diria. O que é lamentável.

Aposto até que caso o Jumento pudesse encontrar hoje a Katrina alí em Entrecampos, por exemplo, em vez de a convidar para um café talvez nem olhasse para ela, ou até a informasse de que tencionaria meter-lhe um processo judicial por a ter penalizado indirectamente através da venda de um produto que pôs sériamente em risco a vida do cliente.

A ingenuidade energética do Jumento (e a de muitos de nós, diga-se em abono da verdade) - além de me confundir com a bondade das pernas da Katrina, a polaca que empresta o corpo para, a soldo da Galp, enganar mais uns quantos portugas com frio, deixa-me perplexo.
Antes queria aquecer-me numa fogueira debaixo da ponte 25 de Abril do que demandar botijas publicitadas ali por aquelas pernas. Lembro-me sempre da minha querida avózinha Raquel dizer-me que - diante da Pub. - entre um shampô de marca e um sabão macaco (leia-se, azul) nunca deveríamos hesitar por este. E é verdade. Pois será a forma mais prática de cair no logro, induzido pela sedução do momento que joga, naquele caso, com a exploração das motivações que o nosso amigo vienense Sigmund Freud explicou há um século atrás. Até porque aquelas pernas são boas para fazer atletismo, saltar barreiras, fazer salto em cumprimento - nunca para transportar bilhas de gás.
Só um tarado por dinheiro - o que devem ser todos os administradores da Galp, é que contrataria uma tipa daquelas para andar a fazer a distribuição das bilhas do gás. Antes preferia ir alí ao Alentejo e comprar uma dúzia de burros para fornecer a região de Lisboa, e se calhar com mais sucesso, rapidez e segurança. Coisa que aquelas pernas jamais poderão oferecer.
Mas Portugal é assim, um país de ingénuos e de pacóvios - salvo seja - que facilmente confunde um carrinho de linhas com as trombas dum elefante, e ambos com o perfil do slopes. Mas não vamos aqui falar de loeps nem da sua tomada de posse na Ajuda nem do que se lhe seguiu depois, para palhaçadas temos já o Alberto da Madeira e também o livro daquele ex-PM que parece já foi batido em vendas pelo book de Carolina e o de Arlinda Mestre, duas outras referências de outras áreas epistemológicas que agora qui a minha educação não me permite ilustrar.
Mas há razões para isto. Para o facto de querermos tanta Pub., por isso ela está em toda a parte, é omnipresente nas nossas vidas agradando ao nosso ego. Desejamos que alguém nos diga que somos especiais, e nada melhor do que aquelas pernas para o fazer. Embora isto também já seja discutível com a subida das comunidades gay em Portugal. E os gays, que eu saiba, também consomem energia.
É isso que pretende a Galp...Dizer aos tugas que fazem parte dum grupo - por referência às pernas da Katrina. O pior são os rotores, como explicitou o Jumento, e bem fazendo aí serviço público, again. Assim, muitos papalvos que estariam em vias de cair já não caem. Algum efeito pedagógico há-de ter aquela marmelada e canseira energética. O mesmo se diga das calças ou perfumes Calvin Klein/CK... Todos nós desejamos integrar um grupo de elite, com valores especiais, é isso que alimenta o nosso ego.
Se amanhã nos disserem que saiu para o mercado um alicate especial da CK que arranca calos sem dor - muita gente o irá comprar convencida disso. E se depois uma marca sugerir que está em estudo uns determinados tampões que utilizados duas semanas seguidas farão desaperecer o ciclo menstrual das mulheres - estou convencido que muitas delas pensarão sériamente sobre o assunto e ainda o divulguem às amigas, posto que é conhecido o efeito polarizador das regras da Pub., que funciona como uma epidemia e alastra-se quase à velocidade dos boatos e da luz.
Foi este o feito que a Galp pretendeu introduzir no mercado, e em parte conseguiu. Amanhã ainda veremos MMnedes do psd fazendo-se fotografar ladeado por Ciccolina na esperança de que cresça mais um pouco no score eleitoral. Tudo dependerá do nº de maminhas que ela mostrar e do efeito que isso causar na mediacracia vigente. Ora, só se consegue combater isto com uma grande massa crítica e com alguma cultura publicitária. Muita gente, aposto, preferia aquela boneca insuflada do que o Skoda que a alberga. Nós, por cá, preferimos BM e Mercedes, a Audi também não é má... Mas não por uma razão instrumental, mas porque de facto são automóveis mais seguros e de melhor qualidade e robustez.
Outros, neste jogo de espelhos, prefeririam uma voltinha naquela roda feminina do que dar uma voltinha de poltro que o sLOpes tirou alí da Feira Popular - que hoje já nem existe em Entrecampos, nem em lado nenhum, resultado de mais uma decisão torpe de sLopes - que não planeaou as coisas devidamente. Mas isto não passam de exemplos torpes neste carrossel da vida emocional em que estamos envolvidos e que a Pub., explora ad nauseaum.
E temos de saber conviver com isso, dado que a Pub é a essência da Democracia, e a cada minuto, a cada segundo há uma eleição de uma pessoa, de um produto, de um serviço que precisa ser urgentemente colocado no mercado e aí ser vendido e consumido - para alimentar esta máquina infernal que é a economia do turbocapitalismo de que nos falou Edward Luttwak - em que há sempre vendecores e vencidos - neste caso pela Pub. Quantos pessoas/clientes não foram já vítimas - tal como o Jumento - deste tipo de logros publicitários.?! Milhares, certamente...
Em armazéns, em lojas, em bancos - que escondem (nuns caso por dolo e má fé noutros por pura impreparação e estupidez natural) as características dos produtos financeiros que vendem aos clientes crédulos, e noutros casos - em que os clientes não se conseguem defender nem do fabricante nem do distribuidor que no ponto de venda lhes vendeu determinado produto ou serviço... É uma bola de neve.
Afinal, a Pub., é para dar prazer ou para servir o melhor possível as pessoas? Julgo que todos nós sabemos a resposta, ainda assim resolvemos partilhar aqui a nossa macro-visão, até porque temos de estar prevenidos para um dos grandes segredos da grande propaganda que há para aí, e que é fazer com que a Pub., nunca seja vista como propaganda. Mas em inúmeros casos é precisamente isso que ela é.
É neste sentido que o papel da Pub., é extremamente pernicioso dado que visa fazer muita gente infeliz, angustiada, inquietante com a sua própria vida. Imagino as mulheres gordas, feias, coxas e de perna curta - como a zezinha Avilez - a ver Katrina desfilar, o que pensarão elas? E os maridos delas??? Quando confrontados com as katrinas e olham para as respectivas esposas nos lares domésticos - o que pensarão eles?
Elas - presumo - que também desejariam ser assim, e como não podem compram mais uma botija de gás. Claro que isto é uma caricatura, mas a lógica matreira da Pub., é fazer com que as pessoas acreditem que o único caminho para a verdadeira felicidade consiste em comprar o produto veiculado na Pub., e foi assim que o Jumento também "caíu", ou então até poderá estar a narrar uma estória que já se passou com alguns dos seus amigos.
É pena que os muitos portugueses não consigam destrinçar a propaganda da manipulação e ambas da Pub. que acaba por ser o receptáculo de ambase raramente verdadeiramente informativa. E como não estamos intelectualmente preparados para desenvolver estes crivos ficamos alienados nos pacotes de pernas que a PUb de grandes e médias empresas nos fornecem, operando como que por multi-camadas - cabendo-nos a nós, os consumidores pacóvios, papar aquelas mestelas servidas a cavalo das pernas da Katrina.
Confesso aqui que se, porventura, tivesse confrontado com uma opção de ter de seleccionar entre estas duas pessoas - Katrina e dona Quitéria Barbuda - para ser minha governanta, não hesitaria em escolher, mesmo sem entrevista - a dona Quitéria, sugeridno à katrina que fosse alí para o Jamor fazer atletismo, apesar de em Portugal esse tipo de mulheres se vejam mais na rua da Artilharia 1 alí em Campolide, mesmo a uns cinquenta metros da casa de um ex-PR, de nome sampaio, que só ficará para a história por ter estado 10 anos /(eu disse 10 anos!!!) em Belém e de nem sequer ter conseguido terminar com a prostituição alí mesmo às suas barbas. Além do dumping social que aquelas meninas do Leste fazem às mulheres da vida de Campolide. Também aqui graça uma terrível injustiça, e o dr. sampaio não faz nada..
Também aqui os portgueses foram enganados, porque votam numa pessoa e depois saiu-lhes outra. E se hoje me perguntarem qual foi o legago de sempaio para Portugal, visto que esteve a vegetar uma década em Belém, não saberei responder. Ou melhor, direi que tomou duas "grandes" decisões na sua vida: empossou sLopes para meses depois o demitir.
Malgré tout, a Pub. enquanto arte de copyrigth e de fazer anúncios ainda é a 2ª forma mais lucrativa de escrever. Sendo que a 1ª é a de escrever bilhetes a pedir resgates. Esperemos que os consumidores de bilhas da Galp não cheguem a essa conclusão de forma dramática ou mesmo trágica.
Portugal pode não fica mais pobre se um MMendes, um sampaio, um fujão barroso ou um sLopes desparecessem definitivamente da cena pública, mas já ficaria mais pobre se, porventura, o Jumento terminasse os seus dias procurando aquecer-se pensando na bilha e nas pernas da polaca Katrina e, enquanto isso, como efeito perverso, acabaria indo pelos ares por causa dum problema com os rotores das ditas bilhas da Galp.