A narrativa do desastre e as cartografias desesperadas...
QUEM É QUEM NESTE SIMULACRO DE POLÍTICA EUROPEIA E JOGOS EDITORIAIS
Ante esta troika de imagens e de figurantes coloca-se um problema de enunciado, ao mesmo tempo epistemológico e político, de identificação e de verosimilhança entre a cópia e a realidade, o simulacro e os factos, as fantasias e as ideias. Vejamos a narrativa do desastre: um fugiu e obrigou o outro a tomar conta do pomar sem saber distrinçar uma laranja dum limão; uma batata duma azeitona; o que fugiu está a danificar o que resta da Europa (já velha, decadente e decrépita); o que ficou queria transformar Portugal num grande cabaret (mas já sem meretrizes apelativas e em que as bebidas estavam falsificadas); parece que só se aproveita o verdadeiro cómico - que se calhar daria um bom político!! Mas que por ser um profissional de sucesso jamais se meterá na política...
Aposto até que o Jumento (autor daquelas duas imagens) conjecturou pelo menos uma delas depois de ter ouvido a seguinte frase, que já ficou no anedotário político nacional: eu só quero é que os portugueses leiam o meu livro...
Bolas, sLopes poderia pedir um milagre aos portugueses, mas nunca esse... A conclusão que posso tirar é que o mundo é hoje governado por gente acossada e obstinada em chegar ao poder ou em derrubar o próximo, de modo que sobra pouco ou nenhum espaço para a reflexão e a estruturação de medidas importantes para o bem comum que falava Aristóteles. Doravante, as entrevistas são até dadas de forma ambulante, copiando o método-cigano de comercializar os produtos nas feiras regionais. Temos, portanto, gente acossada, obstinada, sem ideias, arrogante, soberba e ensimesmada. Eis o que resta à política na Europa e a alguma política em Portugal que agora anda por aí dando electro-choques; e a outra antes de chegar aqui também andou por aí...A fazer negociatas nos negócios e nos estrangeiros.
Depois de ver a oca entrevista de barroso made in Bruxels - e após aquele programa do Casino Royal - que foi o pudin-flan encontrado pela tv de balsemão para adoçicar as guelas dos tugas, fiquei com a sólida convicção que a política é hoje tão excitante como a guerra - e também tão perigosa quanto esta. Pensei até que, de seguida, o sr. ricardo costas da sic iria entrevistar outra caixa craneana sem cérebro lá dentro - do tipo G. w. Bush. Assim, a guerra ficaria completa - como completo ficaria o eixo Washington-Bruxelas - com escala na (cimeira) dos Azores... para apurar o "xi-xi dos resultados" dantescos que hoje fazem o retrato do Iraque e do terrorismo mundial.
Em suma: estamos cercados, e enquanto o mal vier da América e se agravar na Europa a economia europeia - e a portuguesa em particular - jamais farão o take-of. O jogo de expectativas que faz rolar a economia e os seus agentes não deixa. Tomem nota.
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