quinta-feira

Quando a realidade ultrapassa a ficção...

O princípio da verosimilhança é muito importante em qualquer campo de análise, mormente na esfera política. Ora, na galáxia construtivista do meu tempo e do meu espaço avulta a Pantera Cor de Rosa, quem não se lembra dela?!
Peter Sellers interpretou o papel de inspector Clouseau, obsecado em capturar um ladrão de jóias, eram estas as narrativas fílmicas das décadas de 70/80 do século passado. Hoje, na 1ª década do III milénio, os portugueses têm assistido às cenas dum personagem subindo e descendo escadas, de andar apressadote, andando e falando, falando e andado que dá pelo nome de sr. Souto, que ora reconhece ter um sério problema com a sua imagem. Quando via Souto Moura pela caixa negra, confesso, lembrava-se automáticamente da Pink Phanter - a atravessar estradas, olhando para um lado e a ser atropelada pelo outro...
A justiça, ou melhor, o atropelo a que chegou a gestão da Procuradoria Geral da República, foi acometida nos últimos anos por um hilariante "Inspetor Clouseau" (o tal Peter Sellers, o Souto Mora na versão lusa), da polícia de Paris, que precisava de encontrar o ladrão de jóias que está mais perto do que ele imagina: então não é que o perigoso assaltante é amante da sua esposa, sem que ele nada perceba!!!
Mau grado a comparação, e sem querer ser ofensivo para com a memória da Pink Phanter, e dos cresceram à sombra dessa genealidade criativa, devo confessar que o ex-PGR me faz(ia) lembrar essa representação, embora reconheça que no caso do sr. dr. Souto ainda conseguiu ultrapassar a ficção.Para pior, claro...
PS: A Pantera não usava óculos...