domingo

O Sr. Macedo do Milenium emprestado às financas (sem cedilha)

Em quem é que Sócrates estaria a pensar quando a semana passada ouvia o discurso sobre corrupção proferido por Cavaco Silva??? É que a corrupção é um fenómeno de geometria variável, e múltiplas são as formas de a exercitar, seja por acção seja por omissão. Arquivar-se um dossier vital ou comprometedor, afastar para as berças um quadro superior por mero acto mesquinho de vendetta (à siciliana) por suspeita de informação à imprensa, etc, etc, etc.
E no caso do Sr. macedo, o tal que não queria pagar os seus impostos municipais em Salvaterra de Magos - até que o defundo semanário Independente denunciou a ilegalidade, já não anda - arrasta-se. E o Macroscópio - pelas leituras que tem andado a fazer - dentro e fora do Rizoma - está convencido que quem inspirou aquele discurso a Cavaco no 5 de Outubro foram duas pessoas: o sr. macedo da DGCI e o sr. Carrapatoso do convento do Beato (porque depois de ter sabido da história da fraude fiscal arrependeu-se de o ter recebido em Belém a toque de biscoitos e chá de canela). É claro que alguns patos bravos, os homens da mala preta, o sr. Madaíl da FPF e o Major Valentim (de faca na Liga) também devem ter estado no índice desse discurso - cujas notas de pé-de-página ainda estão para desbravar. Quero dizer sistematizar...
Desta vez estamos em crer que Sócrates não será ingénuo...
A JOGADA ERRADA DE PAULO MACEDO (in Jumento) A notícia publicada pelo Expresso sob o título "Governo abre excepção para Macedo" merece uma reflexão mais cuidada:
«O Executivo vai redigir uma cláusula de excepção para não ter que demitir todos os directores-gerais após a entrada em vigor das novas Leis Orgânicas dos vários Ministérios. Uma situação criada pela necessidade de encontrar uma forma de manter no cargo Paulo Macedo, director-geral das Contribuições e Impostos.
Estas mudanças decorrem do PRACE (Programa para a Reestruturação da Administração Central do Estado) que vai implicar a extinção ou a fusão de vários institutos públicos. A demissão dos directores-gerais é automática quando entra em vigor uma nova Lei Orgânica. Mas, normalmente, os detentores dos cargos são reconduzidos se essa for a vontade do Executivo".