domingo

Contrivuto de Cabaco a Scovari e selecção

Cavaco desempenhou a sua função de soberania e de cortezia ar dizer uma palavrinhas de circunstância a Sco antes do jogo Ale.-Port. Foi bonito!! Eu próprio fiquei como o Sco. vertido em lágrimas e depois nadei mari-posa nelas, nas lágrimas. Acto-contínuo a emoção assalta-me com uma questão, talvez a questão do século: se não fossem essas palavrinhas quantos golos (e autogolos) é que Portugal não teria enfardado?!
Quanto a Sco, uma nota: sempre o achei um pouco frenético e arrogante, mas um eficiente líder de homens. Tal, de per se, não basta para moldar a equipa às circunstâncias. E estas impunham que Pauleta, que teve exibições verdadeiramente aquém das suas potencialidades, fosse atempadamente substituído na avançada por N. Gomes. Hoje viu-se os maus lenções em que Sco. ficou. O que me leva a pensar o seguinte: e se o N.Gomes tivesse jogado contra a França... E se a minha avó fosse viva... Enfim, como aqui dissémos há dias, estes são homens normais, o tempo dos heróis e dos super-homens não é o nosso tempo. E hoje quem perdeu nem sequer foi a selecção nacional, foi Scolari, individualmente. O que não significa que não tenha feito um bom trabalho, mas também poderia ter feito muito melhor, desde que tivesse a tal inteligência tática, só próprio dos homens verdadeiramente excepcionais. Liderança e alguma esperteza não bastam. Até eu - que só sei dar uns pontapés na bola - julgo que teria feito melhor, tanto mais pago a peso d'ouro. Hoje também esteve um lindo dia de sol, mas este brilhou pouco e eu conheci um novo Freud. O outro, já doutorado e catedrático emigrou para o Brasil sem pedir licença e sem ter autorização de visto - e de lá já mandou telex dizendo que ficou farto de Portugal. Referiu também os vencimentos em atraso... Como é que um simples canário, que comeu e bebeu dois anos sem pagar nada, pode - assim num ápice - ser tão ingrato!? E eu a pensar que eram só as pessoas.. Ao seu novo patrono segue daqui o meu fraterno abraço - com votos de que a volumetria diminua e uma das torres poluntes deixe de emitir tanto fumo. Conseguirá? Eis a questão do milénio.