quinta-feira

Por cada terrorista morto nascem 1000 ricos no Ocidente

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Os acontecimentos podem ser arrumados em duas categorias: os banais, de todos os dias que não dão origem a mudanças na forma como interpretamos a realidade; e os acontecimentos de valor e peso histórico que afectam a perspectiva e a cosmovisão dos agentes sociais e políticos e dão origem a posteriores alterações das situações existentes. O terrorismo - que é um sistema da morte do nosso tempo - enquadra-se mais neste tipo de acontecimentos, daí a importância da morte de Al Zarqawi. Apesar de tautológica, esta distinção impõem-se.
  • - Já sabíamos que o preço do petróleo descia sempre que havia uma boa notícia em termos económicos ou com reflexos directos ou indirectos nos mercados financeiros. Menos um terrorista pode significar menos atentados (ou talvez não!!) e, se assim fôr, aumenta a estabilidade na região rica em ouro negro, diminuem os atentados às infra-estruturas petrolíferas e assim tende a reinar a paz no mundo. É isto, em tese, que significa a morte santificada deste energúmeno que dava pelo de Al Zarqawi. A provar esta tese está o facto de após a notícia da morte de Al Zarqawi, o chefe da organização terrorista Al-Qaeda no Iraque, os preços do petróleo registaram uma queda acentuada. Pela primeira vez em duas semanas, o barril está abaixo dos 70 dólares. Na Big Apple, o crude baixou para os 69 dólares. Bolas, também poderiam arranjar um outro número... Já o barril de brent desvalorizou para cerca de 68 dólares e 30 cêntimos. Lá está, sempre a gozar com a malta que paga os combustíveis a um preço exurbitante. Qualquer dia fazemos à chinesa, vai de bicicleta... No início desta semana, o petróleo voltou a cotar-se acima dos 73 dólares. Muito por causa da tensão à volta do programa nuclear iraniano. Dito isto, está provado que quem manda na economia não é a Economia, mas a política - neste caso - de terror com o fito de combater o Ocidente por este se ter industrializado e não rezar 5 vezes por dia com o rabinho virado para Meca e Medina. É muita reza e pouca produção. Muita parra e pouca uva, como diria a minha Q. avó Raquel - que faria 106 anos se fosse viva. Agora só falta matar mais uns quantos, porque se tal suceder - com a graça do Senhor, é só vermos o comércio internacional a fazer o take-of, os produtos e os serviços e as exportações em geral das nações a galgarem as fronteiras nacionais, as taxas de câmbio e o preço das acções nos diversos países - uma vezes que estão intimamente relacionadas - a exercerem uma influência tremenda nas condições económicas.
- Aliás, em face do exposto estou mesmo em crer que o governo português até já nem precisa de nenhuma refinaria em Sines, uma vez que descobriu agora uma nova maneira de levantar a economia: matar terroristas à bomba. O problema é que eles levam muito tempo a matar, pois escondem-se bem e também não querem morrer. Também, nos dias que correm, quem é quer morrer. Nem mesmo uma formiga depois de ser pisada. É incrível, até uma formiga pisada resiste à morte duma pisadela, e trata-se dum animal milhares de vezes mais pequeno do que o homem, quanto mais um terrorista.
- Com isto venho defender um nova Teoria Económica: a teoria Al Zarqawi - que estabelece o seguinte parâmetro: sempre que um terrorista é morto pelas autoridades dos Estados a economia faz a sua retoma e o Ocidente tende a prosperar de forma regular e continuada.
- Vou já começar a trabalhar na elaboração dos modelos matemáticos para sustentar esta tese por forma a que, dentre em breve, possa submeter estas provas ao garboso júrio Alfred Nobel para assim me candidatar ao próximo Nobel da Economia. Contudo, enfrento dois problemas de ordem operacional e logístico: 1) os meus modestos conhecimentos em economia têm que ser compensados com a ajuda de um Jumento, por exmplo; 2) depois a minha escassa visão do mundo e da política global que a comanda limita-me, talvez aqui me possa valer do nosso amigo e agora também "taropolitólogo" - Adelino Maltez.
- Hoje, mais do que nunca, e com a crise diária do petróleo sempre a subir ameaçando o carrossel das nossas poupanças, constata-se que o desenvolvimento da economia global não tem sido acompanhado pelo desenvolvimento de uma sociedade global. Isto leva-nos a concluir que a unidade-base (a célula) da vida política e social tem vindo a ser sobremaneira afectada com os tirinhos destes terroristas, e a que o direito internacional - ONU, NATO e conexos - já pouco ou nada podem fazer na medida em que se alterou a lógica previsível da Guerra Fria - em que se sabia onde, quando e como os inimigos disparavam, como ensinara o nosso amigo Raymond Aron - que, na companhia de Adelino Maltez - chegámos a conhecer em Carnaxide aquando da instalação de um sofisticado sistema de videovigilância - o Image Shack - que entretanto se desactualizara.
- Mas o objectivo deste trabalho não é ressuscitar Aron, até porque ele não leu S. Judas, mas sim mostrar à humanidade, urbi et orbi, que os terroristas desenvolveram um sistema da morteregular que ameaça o homem e o planeta que produz O2 para todos vivermos. Até os mercados financeiros globais estão hoje fortemente dependentes dos tiros e das bombinhas da rede Al qaeda - que as autoridades dos Estados nacionais não conseguem travar.
- A ideia é demonstrar que à teologia do mercado se contrapôs hoje a teoria do terror, lá está!! - é o efeito da teoria económica e dos efeitos psicológicos que geram factos como a morte feliz de Al Zarqawi. Cremos que há uma relação entre estas variáveis: a morte dos terroristas e a riqueza e felicidade da economia do Ocidente. Será uma espécie de Busca da globalização feliz II.
- Demonstrar esta tese é o meu próximo desafio científico, pois o presente depende cada vez mais da capacidade que temos (ou não) de matar todos os outros terroristas que ainda andam por aí - retroalimentando o monstro do terror que faz disparar os preços do crude obrigando milhões de pessoas viverem na incerteza e a pagarem os combustíveis mais caros. Tudo por causa duns terroristas.
- Ciente deste provável sucesso de bilheteira só espero depois não apanhar pelo caminho nenhum editor caloteiro, falido ou em vias disso que faça depender a edição desta brilhante tese da inclusão dum prefácio de Bin Laden... na esperança de que (só) assim o sucesso seja mesmo garantido fazendo até perder de vista o êxito de Dan Brown.

- Oxalá Deus me ajude. E também aqui peço perdão por ter utilizado o nome do Senhor em vão...

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PS: Espero nessa avaliação do júri escandinavo - apanhar aquela gosma toda alcoolizada para, assim, poder beneficiar das vantagens e dos mesmos critérios que presidiram à atribuição do Nobel da literatura a Zaramago. Ou há democracia ou comem...

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