Mulheres, democracia, Cultura
Às Mulheres ... Um bando de...
(...) Almas ingénuas - também mulheres - ainda reforçam que está bem, que estas coisas não podem existir por decreto. Bem, se não fossem as leis, os decretos e essas chatices da civilização ocidental construídas pela bizzarria da democracia, ainda hoje as crianças seriam encaradas naturalmente como propriedade dos pais, as mulheres como propriedade dos homens, o trabalho infantil como inerente à educação daqueles seres que de pequenino se torcem, como o pepino e outros tubérculos, a doméstica vida emparedada do lar como apanágio do ser feminino, os pretos umas bestas a explorar, os vermelhos uns preguiçosos a aniquilar etc, etc. E, é claro, esta escriba já teria sido queimada na fogueira. Na Biblioteca de Santo André, lá encontro, mais uma vez, mulheres a orientarem, a coordenar actividades, a lançarem estratégias, a cuidarem do bem comum. E tem sido uma constante esta sua presença, na digressão pelas Bibliotecas públicas. Só não devem estar na Assembleia da República, nem em um terço que seja. Nem nas Autarquias. Do terço, para elas, só mesmo para rezar. Que essas coisas do poder, de discutir, de legislar, de decidir sobre a vida pública , só trazem chatices. Coisas de homem, enfim. Para isso é que se inventaram os partidos. Uma espécie de Clube de Caça com entrada limitada. É que a coutada tem as suas regras. Implícitas – não explícitas. É a cultura, estúpidos. 2Gi CAMÕES É UM POETA RAP
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