domingo

O EXPRESSO E A DONA AFINSA

Veja-se mais esta peça do autor ou autores do Jumento. Veremos logo à noite o que o prof. Marcelo - que costuma emitir os seus conselhos de Estado para Belém em directo a partir da sua antena da RTP - diz sobre a matéria. Em concreto, veja-se o que diz sobre o Expresso desde que JAS deixou a direcção do jornal. Parece que agora ou já não sabem fazer títulos ou saem todos trocados. Na vida sempre foi difícil ciclistas pilotarem aviões... * Afixe-se na vitrine do Aeroporto mas com o placard virado para o país inteiro reflectindo no azul do céu estes rumos de Portugal - agora triste e dramáticamente relacionado a Espanha - via "Biseu", donde é natural o sr. Figueiredo, o homen dos selos. Pior só as declarações iberistas do sr. Lino. Mas adiante... Já agora, uma reminiscência dos selos: a mim recordam-me as lambedelas e as montanhas de cuspo que vi durante toda minha adolescência os adultos e os idosos aplicarem dedicada e laboriosamente, com a sua saliva, nos retiros e nos balcões dos correios deste Portugal rural que despontou para uma modernidade colada a cuspo. Nunca me perguntei se era um bom negócio. Pelos vistos foi, embora agora aflore mais o cuspo do que o passaporte para um destino seguro. Veremos, pois, se as cartas enviadas a Garcia chegam a bom porto...
O EXPRESSO E A DONA AFINSA Quando o Expresso fazia o 'frete' de ajudar a enganar os pequenos investidores escrevia em 2001-06-30: «A estes dois factores adiciona-se a particularidade de «não haver memória que alguma vez um selo tenha desvalorizado».» [Link assinantes] Agora que a barraca se deu, o mesmo Expresso que ajudava a enganar os papalvos assegurando-lhes que os selos não desvalorizavam escreve: «HÁ milhares de cidadãos portugueses, residentes em Espanha, entre os 350 mil clientes das empresas de filatelia espanholas Afinsa e Fórum Filatélico - acusadas esta semana de burla, branqueamento de capitais, gestão danosa e falência fraudulenta. A estes juntam-se os cerca de 20 mil clientes que as duas empresas têm em Portugal. Todos correm o risco de perder mais de metade do dinheiro investido na compra de selos.» [Linkassinantes] Mas é evidente que o Expresso não podia adivinhar, se até encontrou um estudante em Economia que quase ouviu os prémios Nobel do MIT e de Harvard antes de se decidir a investir, como poderia um coitado de um jornalista adivinhar que estava a cair na esparrela: «Um cliente das duas empresas sob suspeita, com formação em Economia, contou ao EXPRESSO que estudou durante quatro meses o negócio oferecido. «Li tudo o que havia na Internet, falei com professores universitários e vários economistas e ninguém me apresentou um senão», afirma. Com efeito, o investimento em selos é legal, mas está fora do âmbito de supervisão do Banco de Portugal.» Só que o Expresso deveria explicar porque razão no meio de milhões de negócios acarinhou a AFINSA com artigos sucessivos, que só poderiam servir para ajudar aquela empresa a expandir os seus negócios.
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