sábado

O célebre Burro de Buridan

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
Portugal é um país lindo de morrer, sobretudo últimamente. O sol continua a brilhar mas os transeuntes debaixo dele parecem que acham menos graça ao seu brilho. Vai-se a ver e parece que a coisa anda de braço dado com o ciclo económico. O que restaria de tais crises caso fosse possível eliminar os efeitos psicológicos destas situações de crise por que todos, diferenciadamente, vivemos, em particular os agentes económicos. A tudo agora se soma mais esta pequena crise em que Digo Freitas do Amaral, numa tentativa de (re)doutrinar a estória universal, enfermou o país. E eu a pensar que Freitas tinha uma costela de judeu, afinal, enganei-me. Mas não percamos mais tempo com o choque de estupidez que há muito afecta os fanatismos islâmicos e agora toldou o cérebro do Diogo da 5ª da Marinha. Mas o exemplo vale pelo potencial explicativo e pelas portas analíticas que deixa entrever para o futuro. De facto, o mundo está completamente desregulado, a globalização não tem autor nem centro coordenador à altura que imprima bom senso às relações internacionais. Quase tudo é permitido, até dizer-se as bacuradas do embaixador do Irão acreditado em Portugal. Em condições normais, mas para isso era preciso que Freitas fosse um tipo normal, o senhor em causa já teria sido considerado persona non grata e expulso do país. E se eu mandasse o senhor em questão seria corrido a pontapé no rabo e soltava as ienas, os leões, os tigres e toda a macacada feita prisioneira alí no Jardim Zoológico, perto de Sete Rios, onde ainda opera, creio, a Universidde Internacional. A tal que era também conhecida como a universidade em que os Moreias de serviços metiam as cunhas aos embaixadores em fim de carreira tapando, assim, o lugar às pessoas com mais e maior mérito. Enfim, moreirices e outras senilidades próprias de fim de época. Ante toda esta tristeza mentecapta, teleguiada a partir do Palácio das Nexexidades, Portugal mais parece viver o tal complexo de burro de Buridan que, primeiro que tudo, coloca a Portugal um problema de Liberdade. Portugal como que colocou Portugal entre dois fardos de feno de igual tamanho - seja em quantidade seja em qualidade - ou entre a aveia e a água igualmente atractiva, se deixaria morrer por incapacidade de escolha. Como Sócrates não o quer desautorizar senão sobra para ele, pois sabemos como Freitas faz birra e ameaçaria logo bater com a porta, o Portugal diplomático ficou condenado à posição do burro de Buridan - já que entre a posição de Freitas e a posição de Sócrates - o burro, na linha do que se disse acima, ameaça morrer por indecisão. E assim vai Portugal com o sol a brilhar, embora achemos menos graça ao seu brilho.
Image Hosted by ImageShack.us