quarta-feira

Enormidades diplomáticas

  • Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Supra vemos 3 objectos, dois são de luxo: uma máquina calculadora do tempo da outra senhora; uma edição manhosa do Al Corão. Ao centro vemos o Diogo - o grande mestre da diplomacia à portuguesa, qual Talleyrand das berças que misturou alhos com bugalhos numa questõa sensível em matéria de política internacional. E agora a justificação ainda é pior do que o comunicado. Pelo andamento da carruagem cremos mesmo que é o Carneiro Jacinto que com aquelas mãosinhas sapudas anda a redigir mais e mais comunicados. Só que eles destinam-se aos trabalhadores da estiva que descarregam os contentores da mala diplomática, e, por qualquer lapso, Freitas lê-os trocadamente e aplica-os ao contexto das relações Ocidente-Oriente, Cristianismo - Islamismo - na quadro da nova versão cartonada do choque de civilizações. Já está no prelo a genealogia da estória em BD.
  • Deste modo, a calculadora é para oferecer ao energúmeno do embaixador iraniano acreditado em Lisboa que é tão obscuro que não cabe neste blog - e deveria ser imediatamente expulso ou considerado persona non grata em solo pátrio pelas pelas autoridades portuguesas - em resultado das miseráveis declarações que o sujeito fez a propósito do holocausto nazi; o Al Corão poderá servir para muita coisa, entre as quais para dar com ele na tola do Diogo - só para ele não se armar em Freitas e andar por aí - tal como o Santana - a dizer babuseiras à turba, a fazer história ficcional e de vão-de-escada e a não respeitar a chamada raison d' etat misturando firmeza de carácter e de princípios com subjugação aos métodos violentos e fanáticos de resposta a meia dúzia de cartoons - pretexto, eu disse pretexto, para os tumultos que conhecemos.
  • Mas cuja violência, como é sabido, é organizada há meses pelos imans mais fanáticos que querem e vivem para instabilizar o Ocidente e obrigar Israel a abandonar os territórios ocupados para assim dar lugar à efectiva criação dum Estado palestiniano. Até lá é olho por olho, dente por dente, fígado por fígado, pancreas por pancreas, pois com as bombas à cintura nada daquilo se aproveita. Confesso que é um desperdício de órgãos que, ao menos, sempre poderiam ser doados aos pacientes que no banco dos hospitais carecem deles para se salvarem ou melhorarem a sua qualidade de vida.
  • Por isso, caro Freitas - assim fica-se a saber que uma desgraça nunca vem só. O melhor mesmo seria que pedisses a reforma antecipada e fosses tocar piano para a 5ª da Marinha, talvez as bogas e as garopas de papada longa ouvissem essas melodias e lá longe, já no meio do Atlântico, pudessem bater palmas com as suas barbatanas e explicassem as diferenças entre as verdadeiras crenças e a instrumentalização que os fanáticos fazem do texto e dos ensinamentos do profeta. Quem viu este Freitas... Contra os EUA e a favor do Iraque; depois andou al lado do Anacleto Louçã e entalado pelo D. José Policarpo; depois foi a ministro dos Estrangeiros após exigir saber quem compunha o governo; e agora pretende fazer doutrina islâmica pondo em causa valores e interesses essenciais do Ocidente europeu que matriciaram todo pensamento judaico-cristão pelo qual o bom do Freitas aprendeu e deu toda a sua vida. Até naquelas sebentas passadistas. Agora diz-nos que nós é que agredimos os fanáticos; e os fanáticos depois reagiram contra nós por causa da bonecada. Este Freitas só tem uma saída, ou melhor duas: ou Júlio de Matos ou MIguel Bombarda; se fosse mulher sugeria-lhe as mónicas.
  • Ou seja, uma coisa caro Diogo é andarmos com uma Bíblia nas mãos para partilhar conhecimento e ler umas parábolas e assim converter pacíficamente o próximo, mas sem violência nem jhiads; outra bem diferente é utilizá-la como arma de arremesso, que se jogada à nuca ou à bossa de um homem até o pode matar. Mas isto, claro está, depende sempre do tamanho e volumetria da bossa, pois se se trata duma bossa grande, tipo prega de foca quando está deitada a apanhar sol na rocha, atingindo a bossa camadas de gordura sobrepostas que perfazem kilos de banha ..., bom então aí nem a Bíblia nem o Al Corão juntos são capazes de derriar esse animal. Ece homo, como diria o filósofo louco do Frederico Nietzsche.
  • Resta saber, afinal, para que Freitas quer a Bíblia e se já se utilizou do Al Corão. Este Freitas faz-me lembrar aqueles bichinhos melífluos que querem estar em todo o lado ao mesmo tempo (por isso dizem que são do Centro, lembram-se do logo do partido do CDS - equidistante da esquerda e da direita), pois pensam que têm o dom da ubiquidade. Faz lembrar aqueles outros restolhos do Restelo que andam por aí a passear a surdez, repetindo Teillard de Chardin, as encíclicas do Papa e o estafado conceito estratégicú nacional, revelando ao mundo que viver em salazarismo ou em democracia c´est la même chose, bastando para tanto saber adaptar-se às moreias de ocasião. Quero dizer, os restolhos do Restelo que vivem das receitas fodacionais que lá se vão conseguindo angariar, porque os filhos são muitos e está quase tudo desempregado.
  • Não tenhais medo, como diria o Papa João Paulo II.
  • O que vemos infra é um absurdo, mas já não apenas um absurdo diplomático. Algo mais está podre no reino da Dinamarca, e em Portugal também. Porque será?! Da calçada das Nexexidades dizem-me que é da bossa e do distúrbio hormonal que leva a truncar os pensamentos, os comunicados e, por extensão, a inverter a realidade dado o contágio da ezquizofrenia reinante naquele Palácio.

Image Hosted by ImageShack.us As declarações do embaixador do Irão em Portugal sobre o Holocausto incendiaram as relações entre Lisboa e Teerão. Às 17.00 de ontem, o representante diplomático iraniano, Mohammed Taheri, chegou ao Palácio das Necessidades para um encontro de carácter urgente com o director-geral de Política Interna que lhe entregou um comunicado elaborado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral. Um comunicado duríssimo, em que o Governo português "repudia inteiramente e considera uma inaceitável deturpação da História" as declarações proferidas na véspera pelo embaixador, aos microfones da Antena 1, sobre o Holocausto. "Para incinerar seis milhões de pessoas seriam precisos 15 anos. Há muito que explicar e contar", tinha dito o diplomata credenciado em Lisboa. A reacção do Executivo português ocorreu em menos de 24 horas. "Tais afirmações ofendem gravemente a consciência colectiva da humanidade e, em particular, a comunidade judaica espalhada pelo mundo, cujos sentimentos exigem o mesmo respeito do que aquele que o Governo português tem vindo a defender em relação aos povos islâmicos", sublinhava Freitas na declaração entregue pelo director-geral, Fernandes Pereira, ao embaixador. No encontro, Mohammed Taheri escutou o protesto formal das autoridades portuguesas sobre as posições do Irão relativamente ao Holocausto, que Portugal considera, a nível oficial, "um dos maiores dramas da história da humanidade". Lisboa protestou ainda contra a vandalização de embaixadas de países membros da União Europeia em Teerão e a "atitude negativa" das autoridades iranianas em relação à Agência Internacional de Energia Atómica. Este protesto, coordenado entre o ministro dos Negócios Estrangeiros e o primeiro-ministro, recebeu plena concordância do Presidente da República. Ao que apurou o DN, Jorge Sampaio terá ficado agastado com as declarações do embaixador, que questionou à Antena 1: "A liberdade afinal termina quando se fala do Holocausto?" De qualquer modo, de acordo com fontes oficiais contactadas pelo DN, estará fora de causa que o Estado português venha a considerar Mohammed Taheri persona non grata, pelo menos nesta fase, aguardando-se agora eventuais explicações do representante de Teerão em Lisboa. As declarações do embaixador acabaram por ter repercussão internacional. Poucas horas após serem difundidas, o porta-voz do ministério polaco dos Negócios Estrangeiros, Pawel Dobrowolski, reagia em termos muito duros: "As declarações do senhor embaixador são muito simplesmente um escândalo." À Antena 1, curiosamente, Mohammed Taheri elogiou também Freitas do Amaral, considerando que o ministro disse "coisas muito positivas e muito lógicas" numa primeira reacção à escalada de tensão no Médio Oriente provocada pela difusão de caricaturas sobre o profeta Maomé na imprensa ocidental. Freitas do Amaral, muito criticado pela oposição e até por vários socialistas, difundiu um comunicado no dia 7 em que se insurgia contra a publicação das caricaturas por ofenderem as crenças religiosas dos povos islâmicos. "Para os católicos, os símbolos [a respeitar] são as figuras de Cristo e da sua Mãe, a Virgem Maria. Para os muçulmanos, um dos principais símbolos é a figura do profeta Maomé. (...) A liberdade sem limites não é liberdade, mas licenciosidade", assinalou o ministro. O DN tentou ontem ouvir as justificações apresentadas pelo representante iraniano em Lisboa. No Palácio das Necessidades, enquanto decorria a audiência, não foi dada autorização para a recolha de imagens ou declarações. Posteriormente, foram infrutíferas as tentativas de registar uma reacção do diplomata: o telefone da embaixada, onde aparentemente já ninguém se encontrava ao fim da tarde, remetia para um número de telemóvel que estava desligado.

CDS/PP e PSD não poupam Freitas.

  • Só Sócrates o parece querer poupar... Se assim é - é porque Freitas deve ser um bom investimento. Há já até quem diga que vale mais do que as acções da PT. Qualquer diz ainda vemos M. Mendes (do PSD) de braço dado com Ribeiro e Castro (do CDS PP) lançando uma OPA a Freitas do Amaral. Nem que seja para o silenciar em matéria de comunicados. Amén.