quarta-feira

A futebolada, a relva, as formigas e as excentricidades do Mourinho...

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  • O Mourinho é aquela máquina que já se conhece. Uma máquina de fazer vitórias. Um multiplicador de conflitos. Um triturador. Um presunçoso a quem devia ser sugerido a leitura de Sócrates. Um ídolo para os editores que falam e escrever mal o português e querem fazer dinheiro a todo o custo e depois julgam, coitados, que editam bons livros. O Mourinho, juntamente com o Figo e demais personalidades da relva, têm, para mim um valor comezinho. Bem junto à relva onde as vacas e as ovelhas pastam. Mas essas ainda dão leite...
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  • Para mim, que me desculpem os cromos que ocupam 99% das suas conversas com futebol, estes personagens da relva não deviam ganhar mais de 120 cts por mês. Mais um subsídio de refeição e de transportes, e conexos para, no caso vertente, comprarem preservativos e demais anticoncepcionais. É um escândalo mundial que estes personagens, que andam de avião privado, tenham ascendido à importância que hoje os media e a sociedade em geral lhes confere. É como pormos formigas a andar de bicicleta. Quando os vejos palrando na TV lembro-me sempre das formigas...., só que agora com óculos escuros, ladeados por mulheres bonitas, qui ça, para desviar a atenção do público sobre o que eles dizem. Assim, o público, alienado, fica a olhar para as ditas beldades e esquece as bacurados que sistemáticamente dizem.
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  • Já não são apenas formigas, mas formigas tentando ler um livro de poesia. O que é mais ridículo. E, pelo caminho, achando-se tão importantes que até se confundem com Deus. Um sinal dos tempos. Em suma, temos de lhes cortar os subsídios, e voltar ao tempo do Eusébio... Em que o futebol era um fim em si. Quem sabe assim o mundo mafioso do futebol não normalizaria. O desporto seria mais civilizado, não haveria lugar para fenómenos do tipo Madaíl, charutos de Loureiro, apitos dourados, pontapés na gramática de Figo e demais arrotos culturais que dão cabo duma civilização.
  • Afinal, pelo dinheiro, pela discussão bacoca do futebol, pelas beldades e pelos neegócios em seu torno, pelos que se promovem à sua custa e até ascendem a autarcas, etc, etc, acabamos por sobrevalorizar um valor - o desporto, uma modalidade - que, no final, acaba por ser esquecida por entre aviões, milhões, invejas, nepotismo, corrupção, e até um forte subdesenvolvimento cultural, económico e social que hoje se pode perfeitamente atribuir aos decisores políticos que permitiram a construção de imensos estádios de futebol por ocasião do Euro.
  • Elefantes brancos que sujam a paisagem sem que daí resulte algum benefício cultural ou económico para o País. Este é, afinal, os Portugal dos pequeninos, o Portugal do Mourinho, do Figo e dos seus milhões, tantos que não sabem o que lhes fazer... Um retrato de Portugal que cheira mal.
  • Vejo, contudo, uma grande vantagem na sua existência: gerar humor e fazer rir ou sorrir aqueles que amam o futebol sem os tais milhões, aviões e biqueiradas na gramática que esses cromos da relva passam a vida a dar. Para mal dos nossos pecados. Mais do que lhes invejar o dinheiro que têm - critico o destino que lhes dão. Julgo até que se os políticos um dia pensarem bem nisto, passarão a vida a dizer que conseguiram atrair mais um investimento por parte do futebolista tal e tal, e que o Vale do Ave poderá beneficiar de mais uma multinacional... Ao menos, esses cromos da relva deverão servir para algo... Fica a ideia para os políticos que temos, que estão também à altura do Mourinho, do Figo e demais rapaziada adorada e idolatrada pelo comum dos mortais.
  • Por mim, confesso, se um dia tivesse de falar ou trabalhar com essas gente daa relva, pagaria para me escapar de tais encontros. Desinteressantes por natura, apesar de gostar da modalidade e de saber que um homem só é mentalmente saudável se o corpo também for exercitado.
  • Agora vem a excentricidade. Do Mourinho, claro. Aquela que nos faz rir, ou sorrir, e a que eu, modestamente, atribuo a única vantagem das suas existências. Perdoem-me, pois, os cromos da bola e de todos os que lêem a capital, o record e demais papel que aqui em casa nem sequer serviria para forrar o caixote do li..
O Mourinho está com cara de tédio a fazer amor com uma inglesa. De repente ela atinge o orgasmo e diz - HO, HOO, HOOOOO MY GOD!!! Ele com a mesma cara diz - Na intimidade podes chamar-me só Mourinho.
Image Hosted by ImageShack.usKamasutra... Image Hosted by ImageShack.us