segunda-feira

Vasco Pulido Valente

Nota prévia: a minha falta de imaginação levou-me à reflexão de VPV, no Público. O assunto não tem rigorosamente interesse algum. O seu conteúdo também não. O país, verdadeiramente, pouco se importa com esses pseudo-conteúdos de actores rejeitados pelo cinema e com a cancela fechada para o teatro. Mas o drama reside no seguinte: se os 10 milhões de tugas lessem a prosa de VPV compreendiam-na dos pés à cabeça, ou o inverso. Todavia, interrogo-me por que razão é que os visados não compreendem o que de mais lúcido se escreve sobre eles ... Deve ser por causa da maldita intersubjectividade kantiana... Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Mas a peça está - como sempre - bem escrita. A começar pelo título... Ora vejam..
  • O regresso do Zorro
por Vasco Pulido Valente, Público O homem voltou mesmo, com a reprovação universal e o apoio entusiástico de Menezes "Pedro Santana Lopes voltou à Câmara de Lisboa, depois de quinze dias de angústia. Parece que parte do problema era estritamente pessoal: Santana estaria, por assim dizer, sem emprego e sem dinheiro e à espera de uma "saída" melhor. A lei devia atribuir uma reforma ao primeiro-ministro, como já faz com o Presidente da República, para evitar que um antigo primeiro-ministro ande por aí aos tombos, como Santana tarde ou cedo andará, envergonhando toda a gente. Sócrates podia, neste ponto, ser generoso e profiláctico. Entretanto, o homem voltou mesmo, com a reprovação universal e o apoio entusiástico de Menezes. Supondo que não tem ilusões sobre o futuro próximo e que não pensa só em sobreviver seis meses no conforto a que se habituou, veio com um plano qualquer na sua obstinada cabeça. Que plano? Não com certeza o de ganhar segunda vez Lisboa. Até a impermeabilidade de Santana não chega para ignorar a evidência da sua geral rejeição. Ninguém o quer, nem a esmagadora maioria do PSD, que naturalmente lhe atribuiu o desastre de 20 de Fevereiro. Mas, sabendo isto, Santana também sabe que ainda talvez seja capaz de salvar a pele ou, pelo menos, de se aguentar na margem do partido à espera de melhores dias. Como? Armando um melodrama no congresso de Abril, género de proeza em que se especializou e que, de resto, se adapta ao seu peculiar talento. Haverá, pois, no congresso um Santana vítima da traição dos "notáveis", pedindo amor ao fidelíssimo povo PPD e, de caminho, a candidatura a Lisboa. Não para que lha dêem, claro. A ideia é pôr Marques Mendes numa situação incómoda e, com a ajuda de Menezes, mobilizar o populismo e sair com o voto de 20 ou 30 por cento do partido. Por outras palavras, conseguir uma espécie de reabilitação formal e continuar em cena. O anúncio da morte política de Santana foi, e não foi, um exagero. Foi um exagero se por "morte política" se entender que ele ficou perpetuamente impedido de ter algum papel e alguma influência. Não foi um exagero se por "morte política" se entender que, falhando como primeiro-ministro, da maneira estrondosa como falhou, nunca daqui em diante ele passará de uma personagem secundária, gratuitamente acrescentada ao quadro: um destino que, suspeito, não o horroriza. Um velho comediante gosta, antes de mais nada, da comédia". Image Hosted by ImageShack.us
  • Aqui podemos ver um funcionário da Câmara Municipal de Lisboa - qui ça - o seu mais novel almeida - cumprimentando Kant..., O tal da instersubjectividade... Que que faz com que todos percebam a figura triste e deprimente que certas pessoas fazem. Todas, com excepção dos próprios... Talvez, por não terem lido ou compreendido a Razão Pura..., nem a Crítica daquela.