sexta-feira

O passado, o presente e o futuro


4 tendências para o futuro dos livros - Revista ESTANTE
Não é novidade para ninguém que por força desta epidemia, que nos isolou uns dos outros, até no momento da morte em que a despedida cruelmente nos está interdita, passaremos todos a viver de modo diferente as relações do homem com a natureza, ou seja, no domínio das relações económicas.

- Viver de maneira diferente as relações do homem com a sociedade, ou seja, as relações políticas.

- E a viver de maneira diferente as relações do homem consigo mesmo, e com o divino, i.é, um novo caminho se abre para viver e apreender as relações da sabedoria e da fé. 

- Este novo paradigma de ser e estar com a Natureza, com a Política e do homem consigo próprio - nestes três planos, pressupõe um novo projecto necessário à nossa própria sobrevivência e à da espécie. 

- Sem esse novo pensar não conseguimos passar do crescimento cego, que até hoje levávamos a cabo, destruindo o Ambiente e invadindo ecosistemas que depois nos destroem a nós, como está fazendo este vírus maldito, e alcançar uma finalidade humana superior que nos tem faltado planear nas últimas décadas. 

- Muito embora as questões materiais sejam relevantes, o modelo de desenvolvimento emergente que deverá comandar as nossas vidas deve atender aos interesses das empresas, de quem depende a produção de bens e serviços essenciais, mas colocar em primeiro lugar o desenvolvimento do homem e do florescimento daquilo que nele existe de divino. Foi isso, objetivamente, que faltou em larga escala. E daí termos incorrido nas sociedades de risco que fomos construindo em todos os cantos do mundo que, hoje, "ardem" a diferentes intensidades. 

- O que temos feito nas últimas décadas, e mal, tem sido uma inversão de prioridades colocando à frente dos interesses verdadeiramente humanos - os interesses económicos (na relação do homem com a Natureza), com a sociedade (mantendo no poder agentes políticos incapazes de pensar o médio-longo prazos), e, por fim, temos desrespeitado a nossa própria relação com o divino. 

Talvez sejam essas as três dimensões que, doravante, teremos de reequacionar para não voltar a ficar prisioneiros do vírus que o estado da arte da nossa ciência e tecnologia ainda não sabe responder. E quando isso acontecer, já terão morrido milhares de pessoas inocentes que, tal como numa situação de guerra, se perguntam por que razão esse destino fatal lhes bateu à porta. 

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