A mentira na política é CRIME e deve ser criminalizada
Uma coisa é a mentirinha útil que contamos diariamente entre colegas, amigos e família. A de pequeno porte e sem consequências nocivas para o conjunto do tecido social. Ainda que lamentável, ela não é lesiva de interesses essenciais.
Outra coisa distinta é quando a mentira assume uma dimensão e escala institucionais, rompe com o funcionamento da máquina do Estado, tritura a legalidade, entra nos domínios da corrupção, parte económica em negócio, nepotismo e tráfico de influências e tem como consequências a pobreza, a injustiça social e o favorecimento especial e deliberado dum pequeno números de actores que, em rigor, foram os corruptores activos dessas mentiras institucionais e delas beneficiam imediatamente por intermédio dos seus executores, por regras, operacionais (plantados) no Governo que fazem favores a certos grupos empresariais ou a grandes clientes. A famosa Lista VIP ilustra, à saciedade, este contexto.
Portugal está há uns anos a passar por esse processo de mentira política institucionalizada, desde a captura do poder até ao seu exercício - alguns partidos têm usado e abusado desse expediente, mas o caso dos Panama papers e da transferência maciça de 10 mil M€ para refúgios fiscais, à revelia deliberada do Fisco e cuja acção foi, por acção e omissão, arquitectada pela equipa de que Paulo Núncio fazia parte, deve ser avaliada e responsabilizada até às últimas consequências, incluindo aqui as de tipo criminal. Já que a demissão dos cargos do CDS por Núncio vale tanto como a palavra de Ricardo Salgado e nenhum interesse tem para os portugueses.
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