O castelo moderno: o encastelamento da América de Trump
Os castelos medievais estavam cercados por muralhas dentro das quais a aristocracia e os seus servos se protegiam dos inimigos. Com o passar do tempo houve uma evolução no pensamento político que passou a defender que a vida moderna se identificasse com a liberdade das cidades e os povos, as sociedades, as economias poderiam interagir umas com as outras através da criação de pontes que a todos beneficiavam.
Nascera a ideia de que já não havia a necessidade de fechar portas e usar as velhas pontes levadiças, como víamos nos filmes que retratavam esse período da história medieval a caminho da idade moderna, feita de luzes e do racionalismo. Significa esta evolução de pensamento e de acção que, nos últimos três séculos, as ruas e as cidades se tornaram livres e esses espaços públicos passaram a ser ocupados pelas populações, sem exclusões.
Recentemente, a América contemporânea testemunhou um regressou ao tempo antigo, à divisão, ao apelo ao proteccionismo no plano económico e ao isolacionismo no plano geopolitico, com dispensa da NATO e implosão da UE que, aliás, é há uns anos um projecto falhado no Velho Continente. No fundo, uma reposição do encastelamento típico do idade medieval - com recurso às velhas pontes levadiças.
Veremos, doravante, como o novel PR dos EUA, sem qualquer preparação política prévia, "irá proteger a América" do mundo e dos seus principais adversários, inimigos e aliados, desconfiando de todos em graus diferenciados.
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