"Breshite" e as alegadas sanções a Portugal

Para Portugal a saída do RU da UE é, além duma amputação (mais uma!!) nas exportações, que já não andam famosas, representa um terramoto político.
A velhinha aliança com o RU, que sempre nos foi mais nociva do que positiva, vem recolocar em perspectiva a questão das sanções que o atrevimento das instituições ultra-liberais da UE querem impor a Portugal, por ser um aluno mal comportado, leia-se faltoso por procedimento de défice excessivo, o que obriga a um novo corte nas despesas públicas e/ou mais impostos sobre os portugueses.
Não deixa de ser curioso, que este terramoto político gerado pela vitória do "Brexit" sobre a permanência do RU na UE, apesar da morte da deputada trabalhista Jo Cox (que muitos julgaram poder vir a inverter as emoções políticas sobre esse processo), poderá vir a atenuar a questão das sanções aos "países pecadores"; ou, ao invés, poderá agravar essa linha de tensão no actual quadro comunitário, que se prevê seja refundador.
É claro que o referendo sobre a permanência de Portugal na UE não se coloca, nem a brincar, mas sobre a permanência na moeda única, sim, como advogam alguns ilustres economistas, como João Ferreira do Amaral (não confundir com o abutre do irmão, que após ter sido ministro das Obras Públicas do cavaquismo foi engordar para a Lusoponte..).

Se não é um projecto falhado, a UE tem aqui uma oportunidade derradeira para se reinventar e se refundar.
Agora, não há mais desculpas, e a lógica das supostas sanções aos países mais pobres do Sul é, apenas, para amedrontar, pois a Europa, doravante, tem outros problemas mais urgentes entre mãos.
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