sexta-feira

A saída do RU da UE



A saída do RU da UE revela a vingança da política sobre a economia e a sociedade, em particular na sua dimensão com os imigrantes que encontram no país de Sua Majestade um "santuário" ideal para viver, trabalhar e fruir a vida. O RU tem apenas 5% de taxa de desemprego... 

Seja como for, o RU tinha as vantagens da UE não estando na moeda única nem tinha de respeitar as regras de disciplina orçamental que a UE impõe aos demais países (de forma rígida, nuns casos ameaçando com sanções, como ocorre com Portugal), e estava liberta das desvantagens impostas aos países membros de pleno direito. 

Ou seja, o RU gozava do melhor de dois mundos, tendo um pé na UE e outro fora dela. Agora, fica mais liberta para tomar decisões de modo mais autónomo, o que pode implicar menos projecção de influência global e maior isolamento; mas também pode ser esta a oportunidade derradeira para a Europa se refundar em bases mais solidárias - apelando aos valores do pós-II Guerra Mundial que nos legaram os seus fundadores: Robert Schuman, Jean Monnet, P. Henri Spaak, K. Adenauer, Winston Churchil (que hoje não sei daria voltas ao túmulo..), Alcide de Gasperi, S. Mansholt, A.Spinelli, entre os mais conhecidos. 

Sem a visão e a energia destes homens excepcionais estaríamos ainda hoje a viver num clima de guerra fria: sem crescimento, sem riqueza, tolhidos na prosperidade comum. Num Velho Continente que estaria mais fragilizado do que protegido das ameaças do exterior, como da Rússia, da China e até dos EUA, que representam sempre uma ameaça comercial e económica à velhinha Europa. 

Veremos, doravante, para que é que os agentes políticos europeus aproveitam os momentos de crise e de incerteza: se para agravar ainda mais essa crise, se para converter a crise numa oportunidade de mais crescimento, riqueza e prosperidade.

Afinal, um garfo serve para nos alimentarmos, mas também podemos enfiá-lo na barriga ou no olho de alguém e matá-lo.

Tudo é relativo...



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