A Justiça em Angola ainda tem um longo caminho a percorrer como a democracia...
Nota prévia: De facto, é difícil, senão problemático, aceitar a ideia de que os activistas angolanos representavam - ou representam - uma ameaça objectiva ao regime político musculado angolano. Acusados de atentarem contra o Estado, o seu PR e as instituições angolanas é, manifestamente, um exagero que tem o único propósito de servir o regime político, altamente personalizado em Zé Eduardo dos santos, apoiado numa clic militar que assim se assume como o guardião do poder e dos recursos naturais daquele país tremendamente rico no continente africano, mas que mantém na pobreza a esmagadora maioria da população.
- Constata-se que entre poder judicial e poder político não há qualquer separação de poderes, aquele serve apenas de correia de transmissão do poder quase-monárquico que vigora em Angola desde a morte de Agostinho Neto.
- Seria interessante conhecer os factos e as alegadas provas que sustentam aquela absurda e desproporcional acusação que justifica a cadeia para uns jovens que gostam de música rap, de poesia e detestam ditadores.
- Seriam mais interessante ainda saber o que pensam desta decisão algumas entidades políticas portugueses, sem que daí resultasse qualquer ingerência nos assuntos internos angolanos, desde logo o PR, não apenas por ser o chefe de Estado mas por ser um eminente jurista.
- Parece, portanto, que o sonho e a utopia em Angola terminam como o delito de opinião em Cuba: na cadeia.
- Esperemos, contudo, que desta vez não funcione a realpolitik, as usual ($$$$)?!
- Quid juris, MRS?
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Luaty Beirão condenado a cinco anos e meio de prisão
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Angola e a justiça
17 jovens e músicos angolanos aguardam a decisão judicial. São acusados de tentar depor o PR angolano. Nem Kafka alinharia nesta xarada...
A Justiça angolana funciona tão bem como a supervisão bancária do BdP entre nós...
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Etiquetas: A Justiça em Angola
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