domingo

Os media andam com Marcelo ao colo


O papel dos media é cada mais hegemonizante na sensibilização e formação da vontade das massas na escolha dos seus dirigentes e representantes políticos. 


Passámos do trágico para o fenómeno da "carnavalização" de todas as experiências e atitudes humanas, como diria Eduardo Lourenço. E para muitos dos que integram esse fenómeno de massas, i.é, o homem-médio (a)crítico, que olha mas não vê, ouve mas não compreende, ele assiste passivamente ao que as tvs lhes servem frente ao écran, e como não tem filtros acaba por consumir o "produto mediático" que as tvs repetem nas peças que divulgam na sua grelha noticiosa. E nessa agenda, naturalmente, uns são sempre mais iguais do que outros, e MRS é e tem sido um privilegiado nessa "sponsorização" mediática. E é-o há décadas...

Razão tinha o saudoso Emídio Rangel, um dos fundadores da TSF e da SIC, quando defendeu que uma televisão é capaz de fabricar um PR como vende um sabonete. Ou seja, hoje não persiste a dúvida de que o espaço próprio da civilização a que pertencemos se chama televisão. Ela converteu-se nesse instrumento de divertissement que, curiosamente, acaba por difundir uma cultura do esquecimento ou de fabricar uma cultura do esquecimento sobre o próprio esquecimento.

E nesse processo há, seguramente, candidatos que os media tendem mais facilmente a esquecer do que outros. E isso também será motivo para que uns vençam mais facilmente estas eleições presidenciais comparativamente a outros candidatos, que também não são "famosos" nessa prova da visibilidade e da fama...

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