Cavaco reduzido a cinzas na hora da despedida
Nota prévia: Chegou a ter Portugal a seus pés. Como PM, durante uma década (1985-95), beneficiou de fundos comunitários que permitiram infra-estruturar o país, quer em auto-estradas, escolas e hospitais. Mas depois não lhe soube dar o "software" necessário para o programa correr dentro do computador e desenvolver o país, como fez a Irlanda,por exemplo.. Exterminou a débil indústria e agricultura e implodiu com o resto da frota pesqueira em nome das imposições da CEE, depois UE. Em Belém, a sua actividade política confinou-se aos roteiros pelo país, que lhe permitiu escrever os seus caderninhos e completar a biografia - que ninguém vai ler; depois, colocou-se demasiado ao lado do Governo de direita, de Pedro e P. Portas e subscreveu as medidas de austeridade - que foram muito além do programa da troika - e que geraram uma taxa de desemprego que atingiu quase 20% em Portugal; gerou cerca de 3 milhões de pobres; meio milhão de emigrantes económicos e, com isso, perdendo a equidistância que deveria guardar dos demais partidos com assento parlamentar, foi desrespeitado por todos. Ninguém já o leva a sério. Em público tem reacções vagais, o que o fez perder os sentidos em público. Foi cúmplice com a banca, em particular com o BES, aconselhando os aforradores portugueses (e na diáspora) a reinvestirem num banco que já tinha práticas fraudulentas, corruptas e tinha uma administração dolosa que lesou milhares de portugueses. Cavaco foi isso tudo contra os portugueses de bem. E antes disso havia sido um dos mentores do BPN, a alavanca de financiamento do PSD. Por isso, é natural o resultado desta sondagem que o reduz a cinzas e demonstra que os portugueses o querem ver pelas costas.
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Os políticos em Portugal não são propriamente amados hoje em dia. Mas há aqueles políticos para quem os portugueses reservam no seu coração um desagrado e antipatia particulares. Cavaco Silva, Presidente da República há dez anos e credor de quatro maiorias absolutas em Portugal (duas para primeiro-ministro duas para chefe do Estado) encontra-se hoje neste campo. No início de 2016, volta a cair no índice de popularidade, estando com 12,9 pontos negativos, e é de longe o mais impopular de todos os que constam deste ranking, revela o estudo da Eurosondagem para o Expresso e a SIC.
Mais, no último mês em que é aqui analisado ainda como Presidente da República (a partir do mês que vem será já Presidente da República cessante), Cavaco regista o mais baixo valor de popularidade de que há memória. Em dez anos, nunca tinha chegado tão baixo.
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FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 1 a 6 de janeiro de 2016. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por região: Norte (19,9%) — A.M. do Porto (13,0%); Centro (29,7%) — A.M. de Lisboa — (27,4%) e Sul (10,0%), num total de 1016 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1267 tentativas de entrevistas e, destas, 251 (19,8%) não aceitaram colaborar neste estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma resultou, em termos de sexo: feminino — 52,5%; masculino — 47,5% e, no que concerne à faixa etária dos 18 aos 30 anos — 17,9%; dos 31 aos 59 — 50,4% e com 60 anos ou mais — 31,7%. O erro máximo da amostra é de 3,07%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
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