quinta-feira

O radicalismo balofo de Paulinho Portas - que convive mal com a democracia -



CDS-PP na Câmara de Lisboa anunciou esta quinta-feira estar contra a atribuição da Chave de Honra da Cidade ao antigo Presidente da República Mário Soares, defendendo que tal homenagem "não deve ser confundida com um aniversário pessoal".

"Até hoje, as personalidades agraciadas com a Chave da Cidade o foram por algum facto específico: nas três personalidades nacionais, até hoje agraciadas, estiveram em causa feitos ou obras internacionalmente reconhecidas. Ora esse patamar deve ser preservado e não deve ser confundido com um aniversário pessoal ou um mero gesto político", sustentou o centrista João Gonçalves Pereira numa declaração de voto, divulgada hoje.
Na quarta-feira, a Câmara de Lisboa (de maioria PS) discutiu a atribuição da Chave de Honra da Cidade ao antigo Presidente da República e histórico socialista Mário Soares, proposta assinada pelo presidente do município, António Costa, e que foi aprovada com abstenção do PCP e o voto contra do CDS-PP.
"Numa ocasião de tão grande significado, aquela em que ele comemora o seu 90.º aniversário, tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa delibere atribuir a Chave de Honra da cidade de Lisboa ao Dr. Mário Soares, em reconhecimento pelos serviços prestados e em louvor do seu combate pela democracia, pela cidadania, pela cultura, pela projeção de Portugal e da sua capital no mundo", defendeu o presidente da autarquia, António Costa, na proposta apresentada em reunião de Câmara.
Segundo o mesmo documento, a Chave de Honra da Cidade de Lisboa é atribuída a "personalidades de reconhecido mérito que se notabilizaram e prestaram relevantes serviços à cidade" e Mário Soares "deu contributos fundamentais para a projeção de Lisboa e demonstrou sempre uma enorme fidelidade à sua cidade natal", enquanto desempenhou cargos como deputado nacional e europeu, ministro, conselheiro de Estado, primeiro-ministro e Presidente da República, depois do 25 de Abril.

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Obs: Nos idos anos de brasa do PREC o cds, o grupelho da direita mais reaccionária, por vezes indistinta com o próprio fascismo, que conheceu apenas um intervalo de grande democracia interna e superioridade de liderança no projecto europeu com Francisco Lucas Pires e Freitas do Amaral (e na coligação com Sá Carneiro), incitou à violência no Norte do país, designadamente nas suas acções terroristas em Braga. 

O Paulinho do Indy, porventura, já não se deve lembrar disto. Ou finge que não se lembra!!! No Indy - andou 20 anos a fazer terrorismo jornalístico para implodir com Cavaco e com o cavaquismo, e, por isso, foi obrigado a pagar inúmeras indemnizações pelas ofensas, injúrias e difamações as várias pessoas que meteram o pasquim de Portas em tribunal. Uma prática semanal. Não existe maior violência numa sociedade democrática frágil, saída de 40 anos de ditadura. 

O caso dos Ferreira Torres - também deve passar ao lado da mente selectiva e perversa do dr. Portas, o agente político mais egocêntrico da república, depois de cavaco.

De facto, se há politicuzinho que, em Portugal, mais atiçou a democracia para a berma do autoritarismo, envolvendo-a em casos de alegada corrupção, foi o dr. Portas, o homem que hoje devia ser julgado pela aquisição ruinosa de submarinos de que o país verdadeiramente não precisa e, claro, por ser o autor politico dos famosos casos dos vistos GOLD!!! 

Por isso, vê-lo mandar o seu homem de mão na CML rejeitar a atribuição da Chave da cidade ao velho Soares, a quem ele deve a democracia, é verdadeiramente sintomático das suas raízes poucos democráticas. 

Era previsível este tipo de reacção. É a previsibilidade política de um "democrata" que só o foi à força, pelas circunstâncias, mas, na sua essência, Portas nunca foi um democrata. 

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