segunda-feira

Entrevista a António Vitorino - TSF -


O socialista António Vitorino acredita que terá de haver uma negociação além dos partidos. No caso de não existir uma maioria absoluta nas próximas legislativas será necessária uma «negociação transpartidária» que inclua também os parceiros sociais.

O antigo comissário europeu e também ex-ministro num Governo socialista, António Vitorino sublinha neste contexto a importância de um acordo social que inclua a CGTP.
«Se as eleições tiverem em linha o resultado das legislativas e destas eleições para o Parlamento Europeu, embora eu conte com o efeito de governabilidade para existir uma lógica mais bipolar e de maior concentração de votos, sendo possível que nenhum bloco tenha a maioria absoluta é evidente que tem que a seguir haver uma negociação transpartidária», adianta António Vitorino.
N' O Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, António Vitorino realça ainda que considera «tão importante um acordo social como um acordo partidário».
«Não vejo um acordo social que possa excluir a CGTP e naturalmente a CGTP como todos sabemos, e vou ser muito diplomático, é uma organização muito próxima do PCP que tem que deixar de ser um partido anti-sistema», acrescenta.
António Vitorino faz também um desafio ao futuro Governo PS para que faça um «contrato social» que garanta a sustentabilidade do Estado Social, mas também «um novo contrato social porque só assim é possível melhorar a competitividade da economia portuguesa».
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Obs: Vale sempre a pena ouvir e meditar nas palavras e análise de António Vitorino, agora ao interior diferenciado da Europa emergente - na sequência destas euro-eleições .

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